São Paulo, sexta-feira, 08 de abril de 2011
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FMI vê escassez de petróleo, com risco ao crescimento global Relatório do Fundo diz que queda de 1% na oferta diminui economia mundial em 0,25% ANDREA MURTA DE WASHINGTON ALVARO FAGUNDES DE NOVA YORK O FMI (Fundo Monetário Internacional) alertou ontem para um prolongado período de escassez na oferta de petróleo, o que coloca em risco o crescimento mundial. O Fundo afirmou que a tendência é de que o aumento quase inevitável da escassez do petróleo, se for gradual e moderado, terá efeito limitado no crescimento das economias no médio e longo prazo. O FMI estudou um cenário fictício de "desaceleração significativa e inesperada" no aumento da oferta de petróleo e concluiu que 1% de desaceleração da oferta diminuiria o crescimento mundial em apenas 0,25% no médio e longo prazo. Mas considerou que há riscos persistentes de que o aumento seja mais dramático, assim como seus efeitos. Isso afetaria também fluxos de capital globais e desequilíbrios das contas correntes dos países. As conclusões constam de um capítulo do "World Economic Outlook" ("Perspectiva da Economia Mundial") adiantado pelo FMI ontem. O texto completo será divulgado na próxima semana. O estudo diz que é improvável que a tendência de escassez seja revertida, principalmente pelo aumento inexorável do crescimento da demanda de países emergentes (com destaque para a Índia e a China). Dado o momento de turbulência política no Oriente Médio, esse novo fator também deve ser considerado -ao menos no curto prazo- nas análises de oferta. Ainda ontem, a OMC (Organização Mundial do Comércio) afirmou que o comércio mundial deve sofrer forte desaceleração neste ano, depois da alta recorde do ano passado. A previsão do organismo é que as transações de bens e produtos cresçam 6,5%, mas esse resultado pode ser menor, especialmente com o impacto do terremoto no Japão. No ano passado, o comércio global cresceu 14,5% em volume (a maior alta desde ao menos 1950), recuperando o nível pré-crise, depois de afundar 12% em 2009. Texto Anterior: Análise/Crise Portuguesa: Anúncio de Portugal só traz solução aos credores Próximo Texto: EUA vivem Dia D para evitar paralisação da administração Índice | Comunicar Erros |
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