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TERROR
Ataque, provavelmente suicida, atinge templo xiita lotado de fiéis em Karachi; nenhum grupo assume
Atentado mata 14 em mesquita no Paquistão
DA REDAÇÃO
Um atentado a bomba, provavelmente suicida, matou ao menos 14 pessoas e feriu mais de cem
numa mesquita xiita lotada em
Karachi, no Paquistão. O ditador
paquistanês, general Pervez Musharraf, condenou o ataque como
um "ato odioso de terrorismo" e
ordenou uma investigação.
Desde o 11 de Setembro (2001),
Musharraf tornou-se um dos
principais aliados dos EUA na
guerra contra o terror, em especial devido ao apoio logístico à intervenção militar no Afeganistão.
Por isso, é considerado um traidor por extremistas muçulmanos
de seu país e do mundo.
O atentado aconteceu no início
da tarde de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos, em uma
mesquita situada em uma escola
religiosa governamental.
Segundo a polícia, os indícios
sugerem que tenha sido um ataque suicida. "Os explosivos estavam atados ao corpo do suicida
que, provavelmente, estava na
terceira fila de fiéis", disse Aftab
Shekh, assessor de segurança. Ele
culpou "elementos anti-Estado",
mas não deu mais detalhes.
Um dos fiéis presentes, Ali Abbas, disse que, após a explosão,
sentiu um forte impacto nas costas: "Era o pedaço de um corpo".
O ataque provocou uma revolta
em Karachi, maior cidade do país,
à beira do oceano Índico. Centenas de jovens xiitas queimaram
carros, postos de gasolina e um
prédio público. "Estamos à mercê
de terroristas, que estão cada vez
mais violentos porque não são
punidos", disse o clérigo xiita Hasan Turabi.
Cerca de 80% dos cerca de 150
milhões de paquistaneses são sunitas. O restante é xiita. Ambas as
comunidades são muçulmanas e,
de maneira geral, vivem em paz,
mas radicais de ambos os lados
realizam freqüentes ataques. Mais
de cem pessoas, principalmente
xiitas, morreram em atos violentos em menos de um ano.
Com agências internacionais
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