São Paulo, domingo, 08 de maio de 2011

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Por vingança, Taleban lança ataques no Afeganistão

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O grupo radical islâmico Taleban promoveu ontem uma série de ataques em Candahar (Afeganistão) que mataram dois e feriram 29.
O presidente afegão, Hamid Karzai, disse que os atentados foram uma tentativa da rede Al Qaeda de "esconder sua derrota" com o assassinato do líder terrorista Osama bin Laden, domingo passado, no Paquistão, "vingando-se no povo inocente do Afeganistão".
Bin Laden foi morto numa ação militar dos EUA em Abbottabad, no Paquistão, onde o saudita se escondia.
Enquanto estava no poder no Afeganistão, o Taleban deu abrigo à Al Qaeda, que, sob a liderança de Bin Laden, promoveu os atentados de 11 de Setembro nos EUA.
O Taleban negou que os ataques de ontem fossem vingança à morte de Bin Laden, dizendo que a ação estava anteriormente planejada.
Atualmente, há no Afeganistão 130 mil homens de tropas internacionais -sendo 1/3 deles provenientes dos EUA- , combatendo o Taleban e outros insurgentes.
Tendo como alvo prédios de governo e do serviço de inteligência, delegacias e escolas, o Taleban utilizou ontem coordenadamente seis homens-bomba, dois carros-bomba e dois riquixá-bomba.
A ONU anunciou que sua Força Internacional de Assistência de Segurança (Isaf) contribui com o governo afegão no controle da situação.
Autoridades afegãs informaram haver detido quatro jovens com menos de 13 anos que estavam sendo recrutados como homens-bomba.
O presidente Karzai classificou o aliciamento de "crianças que não sabem discernir o certo do errado" como "desumano e contrário aos princípios islâmicos".
O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse anteontem que a morte de Bin Laden poderia "virar o jogo" a favor dos americanos na guerra do Afeganistão.
"Bin Laden e o mulá Omar [líder do Taleban] tinham uma relação muito estreita. Outros no Taleban sentiram-se traídos pela Al Qaeda, porque foi por causa do ataque [de 11 de Setembro] que o Taleban foi derrubado [do poder] no Afeganistão", disse.


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