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SEM RUMO
China diz que ataque foi um "erro bárbaro" e pede reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU
Míssil da Otan atinge embaixada chinesa
das agências internacionais
Mísseis disparados por aviões
da Otan atingiram a Embaixada da China em
Belgrado, à
meia-noite local
(19h de ontem,
no horário de Brasília).
Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas e outras quatro estavam desaparecidas, segundo Pequim.
Uma pessoa teria morrido, de
acordo com a agência de notícias
iugoslava ""Beta".
A China, por intermédio de sua
missão na ONU, qualificou o ataque de ""erro bárbaro" e exigiu o
fim dos bombardeios.
Pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da
ONU, que deveria ocorrer ainda
ontem em Nova York.
A Iugoslávia afirmou que 26 pessoas foram feridas nas explosões
que atingiram o edifício no centro
da capital iugoslava.
Até as 21h de ontem (horário de
Brasília) a China ainda não havia
se pronunciado oficialmente sobre
o incidente. O ministro iugoslavo
sem pasta Goran Matic disse que
nenhuma das 26 pessoas apresentava ferimentos graves.
A ação foi mais um de erros cometidos ontem pela aliança militar
ocidental. Bombas mataram 15 civis numa feira livre em Nis (leia
texto abaixo) e outro míssil caiu
por engano na Bulgária.
A destruição da embaixada pode
complicar as iniciativas de paz lançadas na quinta-feira pelos países
do G-7 (grupos dos sete mais industrializados) e pela Rússia.
A China é um dos cinco membros permanentes do Conselho de
Segurança da ONU, com poder de
veto. Pequim condena desde o início os ataques à Iugoslávia.
A proposta de paz, que prevê, entre outros pontos, a entrada de tropas internacionais de manutenção
de paz em Kosovo, deve ser levada
à aprovação do Conselho de Segurança antes de entrar em vigor.
O ditador iugoslavo, Slobodan
Milosevic, ainda não se manifestou
sobre as propostas de paz apresentadas pelo G-8. Mas os meios noticiosos oficiais indicaram que Belgrado recebeu bem o plano.
"O acordo conseguido em Bonn
(Alemanha) é só o início de um
processo muito complexo, que será provavelmente concluído com
êxito", disse ontem a agência
"Tanjug". "Mas é certo que o processo será muito longo."
Em documento firmado anteontem, em Bonn, a Rússia e os países
do G-7 impõem à Iugoslávia sete
pontos para o fim dos ataques da
Otan. A declaração não menciona
a presença de soldados da aliança
ocidental em tropas de manutenção de paz que seriam enviadas a
Kosovo sob liderança da ONU.
"A idéia que atribui aos EUA o
papel de "polícia mundial" foi seriamente afetada", afirmou a
"Tanjug". "O papel representado
pela Rússia mostrou que sem bipolaridade não é possível conduzir a
política mundial."
O secretário-geral da Otan, Javier
Solana, porém, defendeu ontem a
composição de forças observadoras "robustas" com "a Otan em seu
centro".
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