SYLVIA COLOMBO
de Londres

O Partido Trabalhista obteve o maior número de vagas do Parlamento da Escócia e da Assembléia do País de Gales. As eleições de anteontem definiram também mais de 360 administrações regionais em todo o Reino Unido.
Na Escócia, o Partido Nacionalista Escocês, que queria a maioria das vagas para propor um plebiscito pela independência, teve um desempenho aquém do esperado. Ficou com 35 cadeiras (das 129), quando esperava ao menos 40.
Com esse resultado, fica adiado por enquanto o projeto separatista escocês.
Os trabalhistas, do premiê Tony Blair, conseguiram 56 cadeiras, e os conservadores, 18.
Os trabalhistas devem negociar agora com os liberal-democratas (que obtiveram 17 vagas) na tentativa de estabelecer uma coalizão.
No País de Gales, os nacionalistas do Playd Cymru comemoraram as 17 vagas conquistadas, ameaçando o Partido Trabalhista, que ficou com 28 das 60 cadeiras. "Nosso desempenho foi um terremoto político. Nem nós esperávamos", disse Dafydd Wiggley, líder do Playd Cymru. Os conservadores obtiveram nove cadeiras, e os liberal-democratas, seis.
Com esses números, os trabalhistas elegeram automaticamente os premiês da Escócia, Donald Dewar, e de Gales, Alun Michael. Os nacionalistas formarão a principal oposição ao governo nas regiões.
Já as votações locais em todo o Reino Unido, que definiram os cargos das administrações regionais, viram uma recuperação do Partido Conservador. Ele reconquistou parte das posições perdidas para os trabalhistas nas eleições de 1995. A contagem dos votos ainda não havia terminado até o começo da noite de ontem.


Texto Anterior: Crise política: Golpe de Estado mata 100 na Guiné-Bissau
Próximo Texto: Legislação: Alemanha altera lei de cidadania
Índice