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FHC lamenta prisão e nega ter discutido asilo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REDAÇÃO
O presidente Fernando Henrique Cardoso lamentou a prisão
do ex-presidente Carlos Menem,
embora tenha ressaltado que se
trata de uma questão interna argentina.
"Acho ruim que tenha ocorrido.
Preferia que não tivesse ocorrido", disse FHC, em entrevista a
Boris Casoy no "Jornal da Record".
Também ontem, FHC negou
que o governo brasileiro tenha recebido um pedido de asilo político por parte do ex-presidente argentino Carlos Menem.
"Isso não é certo", disse o presidente, referindo-se a contatos que
assessores de Menem teriam
mantido com ele.
Os rumores de que o Brasil poderia conceder asilo a Menem ganharam força depois que FHC se
encontrou com Alberto Kohan,
ex-secretário-geral da Presidência
do governo Menem, na semana
passada, em Brasília. "Foi uma visita de cortesia. Não se tocou nesse assunto", disse FHC.
A Folha apurou que Kohan teria vindo ao Brasil para convencer
FHC de que Menem é vítima de
uma perseguição política. Não
haveria a intenção de pedir asilo,
pois isso poderia atrapalhar as
pretensões políticas de Menem
em 2003, quando planeja concorrer novamente à Presidência.
Kohan estaria planejando também visitar o presidente dos EUA,
George W. Bush, para expor a situação jurídica de Menem.
Ontem à tarde, o porta-voz da
Presidência, Georges Lamazière,
reiterou que Kohan não pedira
asilo para Menem.
Ao comentar a decisão da Justiça argentina, o senador Eduardo
Suplicy (PT-SP) disse à Folha que
a prisão de Menem "significa que
há fortes evidências de que a venda de armas era praticada com
sua anuência e consentimento".
Para o deputado José Genoino
(PT-SP), o episódio sinaliza "novos tempos de combate à impunidade na América Latina".
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