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DESEJO PROIBIDO
Injeções inibem efeitos da testosterona
Noruega dá a criminosos sexuais a alternativa de castração química
DA REDAÇÃO
A imprensa norueguesa anunciou ontem que o país vai oferecer
a criminosos sexuais condenados
a opção da castração química, se
quiserem submeter-se a ela. O tratamento bloqueia os efeitos da
testosterona, o hormônio masculino, reduzindo ou anulando o desejo e a capacidade sexual do indivíduo.
O psicólogo Jim Aage Noettestad disse ao jornal "Dagsavisen",
em reportagem publicada ontem,
que quatro homens condenados
por estupro ou abuso sexual se
ofereceram como voluntários e
foram aprovados para submeter-se ao tratamento.
"Os quatro passaram por seis
meses de terapia de grupo, e estamos prontos a dar início ao tratamento hormonal", afirmou Noettestad, psicólogo chefe do Departamento Regional de Segurança
de Boeler, na cidade de Trondheim.
O objetivo do programa é reduzir as chances de os homens serem capazes de cometer outros
crimes sexuais. Segundo Noettestad, os voluntários não serão libertos precocemente, enquanto
ainda estiverem passando pelo
tratamento, e, depois de libertos,
não serão obrigados a continuar
com ele.
O programa inicial será feito na
prisão distrital de Trondheim, em
cooperação com o hospital local,
e, segundo o psicólogo, a informação sobre o tratamento hormonal optativo será enviada a todas as prisões do país.
Segundo a organização Statistics Norway, 290 pessoas foram
condenadas na Noruega em 2002
por crimes sexuais, incluindo o
estupro, abuso sexual infantil e incesto. Atualmente, o tratamento
aplicado aos condenados pela
Justiça por crimes sexuais é a terapia psicológica.
Na vizinha Dinamarca, 26 presos optaram por receber injeções
semelhantes, como parte de um
programa lançado em 1989. Desde então, 16 deles foram soltos em
liberdade condicional, sob a condição de continuarem a receber as
injeções. Somente um deles voltou a ser preso por um crime sexual.
Entre 1935 e 1970 a Dinamarca
oferecia aos criminosos sexuais a
a alternativa de escolher entre ir
para a prisão ou se submeter à
castração cirúrgica. Depois de a
prática ser criticada como sendo
irreversível e desumana, ela foi
proibida. Em 1973, a castração
voltou a ser utilizada, desta vez
com tratamentos químicos em lugar do procedimento cirúrgico.
Com agências internacionais
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