São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008

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Sarkozy visita Líbano e pede que facções se reconciliem

Francês é o 1º líder ocidental a ir a Beirute após eleição

DA REDAÇÃO

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, conclamou ontem os líderes das facções libanesas a se reconciliarem e, por meio do diálogo, construírem a paz. Sarkozy, à frente de uma grande delegação, visitou ontem Beirute por cinco horas, tornando-se o primeiro líder ocidental a visitar o país desde a eleição do presidente Michel Suleiman no mês passado.
A crise política libanesa refluiu um pouco após a celebração do acordo de Doha, mediado pelo Qatar, que pôs fim ao pior ciclo de violência sectária desde a guerra civil (1975-1990) e permitiu a eleição indireta do general Suleiman, que é cristão.
"O acordo de Doha melhorou a situação e levou à reconciliação nacional. O presidente Suleiman tem a responsabilidade de fazer com que essa reconciliação tenha êxito", disse Sarkozy no aeroporto de Beirute.
Sarkozy encontrou-se com Suleiman antes de um almoço servido no palácio presidencial ao qual compareceram os líderes das principais facções, incluindo o chefe do Hizbollah, misto de partido e milícia extremista xiita apoiada pela Síria e pelo Irã. "A parte dolorosa da crise já passou", disse Suleiman. "O acordo de Doha restabeleceu a estabilidade política no Líbano, o que nos encoraja a reavivar o papel das instituições constitucionais."
Sarkozy estava acompanhado do premiê, François Fillon, ministros e líderes dos principais partidos políticos franceses. Ele disse que a delegação "excepcional" refletia os fortes vínculos entre os dois países.
O ministro da Defesa da França, Herve Morin, visitou os 1.600 soldados franceses que integram as forças de paz da ONU no sul do Líbano.
O Líbano tornou-se independente da França em 1943, mas Paris mantém fortes ligações com o país, em especial com a comunidade cristã.


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