São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011

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"Agimos de forma preventiva", afirma porta-voz

EM BERLIM

Ao emitir alertas sobre possíveis origens do surto de E.coli, a Alemanha agiu preventivamente. É o que sustenta Jürgen Thier-Kuntker, porta-voz do Instituto Federal de Análise de Risco, órgão que é responsável por esclarecer sobre a segurança de alimentos. (CVN)

 


Folha - A UE criticou a Alemanha pelo manejo do surto. Como o sr. vê isso? Jürgen Thier-Kuntker - As autoridades regionais alemãs têm autonomia para comunicar ou deixar de comunicar o que quiserem, não existe uma autoridade federal que diga o que eles podem ou não comunicar.
A UE pode criticar, está no direito deles. Mas nossas autoridades são livres. E está escrito nos tratados da UE que cada país tem de informar seus vizinhos se houver um surto, então não sei o que eles estão criticando.

A Alemanha agiu então de forma apropriada?
Não sei o que você quer dizer com "forma apropriada". Há um agente infeccioso que você não sabe de onde vem, e de outro lado um número crescente de pessoas sendo infectadas e tendo severas complicações.
Você tem de comunicar que há um risco em uma série de vegetais, que é o que foi descoberto com métodos epidemiológicos. E foi isso que fizemos, como já fizemos no passado.

Mesmo sem confirmação científica?
Claro! Nessas situações, em que há uma quantidade crescente de pessoas ficando doentes e você tem uma suspeita sobre determinados produtos alimentícios, mas você não tem provas científicas, você lida com o que você tem, apenas para impedir que pessoas adoeçam. Foi o que fizemos.
Foi preciso agir de maneira preventiva.


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