São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011

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FOCO

Moradores de Buenos Aires aderem às "amarelinhas"

Lucas Ferraz/Folhapress
Ponto de retirada de "amarelinhas", bicicletas públicas, em Buenos Aires (Argentina)

DE BUENOS AIRES

O gestor argentino Alberto Mainaiet, 46, resolveu na última sexta-feira trocar o ônibus pela bicicleta.
Ele aderiu a um fenômeno em Buenos Aires que não para de crescer: o uso das "amarelinhas", como são conhecidas as bicicletas públicas do sistema de transporte local.
"Há uma influência desse papo de ser mais saudável, claro, mas a questão é o tempo que economizo no trânsito", disse.
O trabalho de consultoria de Mainaiet, antes feito por carro ou ônibus, agora é percorrido por ele na metade do tempo.
Influenciada por programas semelhantes em cidades europeias, a Prefeitura de Buenos Aires criou o "Mejor en Bici" (melhor em bicicleta), que conseguiu mais de 15 mil adeptos em cinco meses.
Qualquer residente da capital pode se registrar gratuitamente. As 360 bicicletas, disponíveis em 12 pontos da cidade, são emprestadas por até duas horas.
Em dezembro, quando o programa começou, eram cerca de cem viagens diárias. Agora, já são mais de 1.600.
Mas o tráfego nas ciclovias é bem maior, já que a maioria das bicicletas em circulação é de particulares.
A topografia de Buenos Aires também contribui muito: a cidade é plana e tem poucos declives.
São 50 km de ciclovias -uma parte ainda está em construção- que ligam bairros da zona sul (como Barracas, La Boca e Parque Patrícios), da norte (Palermo e Recoleta, as vias mais movimentadas) e o microcentro.
Quem reclama das ciclovias são os taxistas, mas não por perder passageiros. Para eles, o trânsito está pior com as apertadas ruas do centro ainda mais estreitas para dar lugar às ciclovias.
(LUCAS FERRAZ)


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