São Paulo, sábado, 8 de agosto de 1998

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Saiba quem é o bispo palestino Mouallem

da Redação

O bispo palestino Pierre Mouallem nasceu em Ailaboun, Nazaré, em 10 de maio de 1928, durante o mandato britânico na Palestina.
Seu pai e seu avô também eram sacerdotes, casados. Refugiado da guerra de 1948, após a fundação de Israel, estudou no Líbano e, mais tarde, veio para o Brasil. Mouallem celebra missas na Eparquia (diocese de um bispo ou de um arcebispo, no Império Bizantino) Greco-Melquita Católica do Brasil Nossa Senhora do Paraíso, localizada no bairro do Paraíso, zona sudoeste de São Paulo.
Dom Pierre Mouallem foi nomeado Eparca de São Paulo e de todo o Brasil em 29 de junho de 1990, na Festa de São Pedro e São Paulo, na Basílica de São Paulo, em Harissa, Líbano. No mesmo ano, veio para o Brasil.
Mário Sérgio Mujalli, secretário da Igreja Greco-Melquita, disse à Folha, por telefone, que Mouallem escreveu vários livros e fala oito línguas -árabe, inglês, francês, italiano, português, grego, hebraico e latim. "Essa é uma nomeação histórica. Seu passado de ordenação, filosofia, teologia, licenciatura em Lyon (França) e em Beirute (Líbano), educador, professor de liturgia, filosofia árabe... Não é uma pessoa que está sendo nomeada por picuinha."
De acordo com o monsenhor Arnaldo Beltrani, vigário episcopal de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, Mouallem conseguiu aprender português rapidamente e sempre participa de assembléias da igreja. "Ele é muito querido e muito atencioso", afirmou.
Mouallem foi nomeado, pelo papa Paulo 6º membro da Comissão Católica para o Diálogo Teológico, Católico e Pan-Ortodoxo. Em 1992, presidiu o Colóquio Islamo-Cristão, em Paris, e, em 1993, foi responsável pelo Congresso Internacional de Nova Déli (Índia).

Igreja Melquita
A Igreja Greco-Melquita diz respeito aos cristãos do Egito e da Síria ligados ao imperador de Bizâncio ("malka", em siríaco, quer dizer rei).
Ligada ao papa, adota a liturgia bizantina em árabe, tendo seguidores libaneses, sírios, egípcios, jordanianos e palestinos (embora a maioria seja muçulmana), entre outros. (PDF)



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