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VIOLÊNCIA EM KOSOVO
Aumentam confrontos entre militantes de origem albanesa e forças de paz
Kosovares desafiam tropas da Otan
das agências internacionais
Soldados franceses fortemente
armados impediram ontem que
cerca de mil kosovares de origem albanesa entrassem no setor sérvio de uma cidade de Kosovo, temendo represálias.
A Otan (aliança militar ocidental) disse estar preocupada
com o aumento da violência
contra as tropas de manutenção
da paz na Província separatista.
Ao menos sete postos de controle (três russos) foram atacados nos últimos dias.
Tropas dos EUA trocaram tiros com albaneses -um deles
ficou gravemente ferido-, e
soldados italianos confiscaram
11 fuzis, um foguete antitanque e
granadas em Pec (sul).
O porta-voz das forças de paz,
Jan Joosten, disse que as tropas
estão prontas para responder a
qualquer agressão.
A declaração foi feita após
uma série de ataques contra soldados estrangeiros, especialmente russos. Os kosovares de
origem albanesa afirmam que a
Rússia apóia a Sérvia e criticam a
presença do contigente russo em
Kosovo.
Já os sérvios afirmam que a
Otan não os protege de forma
adequada das tentativas de represália dos albaneses, por causa
das mortes e expulsões ocorridas durante a guerra.
Protesto
Kosovares de origem albanesa
realizaram um protesto contra a
presença de soldados russos em
Kosovo e tentaram atravessar a
ponte que divide a cidade de Kosovska Mitrovica (30 km da capital) entre albaneses e sérvios.
Cerca de 40 soldados franceses e
10 veículos militares intervieram
para conter os manifestantes.
Quatro pessoas foram detidas.
Do outro lado, cerca de 500
sérvios gritavam frases provocativas e lançavam pedras contra
os albaneses. Durante a guerra,
muitos albaneses foram expulsos do local por sérvios.
O major russo Jenya Zokolov,
que atua na região onde um soldado russo foi ferido por um
franco-atirador na sexta, disse
que os conflitos aumentam.
Há cerca de 3.600 russos em
Kosovo. Eles patrulham parte
dos setores sob comando dos
EUA e da Alemanha.
Cerca de 38 mil soldados
atuam na Província e têm procurado evitar confrontos entre sérvios e albaneses. A maioria dos
crimes tem acontecido à noite,
quando o controle é mais difícil
e há menos tropas trabalhando.
A ONU anunciou que cerca de
200 policiais -de 3.100 previstos- passaram a atuar na Província no fim-de-semana. A polícia pretende abrir postos 24 horas em locais mais violentos.
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