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Prejuízo deve passar de US$ 100 bi
DA REDAÇÃO
O presidente americano, George W. Bush, solicitou ontem ao
Congresso dos EUA a liberação
de mais US$ 51,8 bilhões para ajudar na recuperação da área atingida pelo furacão Katrina. O pedido
de Bush acontece no mesmo momento em que surgem estimativas indicando que entre US$ 100
bilhões e US$ 200 bilhões serão
necessários na reconstrução, tornando o Katrina o desastre natural mais caro da história do país.
Segundo o jornal britânico "The
Independent", estimativas que
circulam na Casa Branca apontam para gastos de recuperação
entre US$ 150 bilhões e US$ 200
bilhões. Este último valor corresponde a tudo o que os EUA já gastaram no Iraque desde o início da
guerra, em março de 2003, de
acordo com os cálculos da ONG
"National Priorities Project".
Funcionários federais diziam
anteontem que US$ 700 milhões
são usados diariamente e que o
custo deverá chegar a US$ 100 bilhões, no máximo. Também na
terça-feira, o líder dos democratas
no Senado, Harry Reid, comentou que US$ 150 bilhões poderão
ser despendidos na região.
Independentemente da cifra final, os gastos com o Katrina superam várias vezes os outros desastres naturais nos EUA -o furacão Andrew, que atingiu Miami,
custou US$ 26,5 bilhões- ou os
US$ 21 bilhões usados em Nova
York depois dos ataques terroristas do 11 de Setembro.
Ontem, o governo americano
anunciou que aceitou cerca de
US$ 1 bilhão em doações de 95
países. A oferta do Irã foi rejeitada
pois dependia que as sanções dos
EUA ao país fossem suspensas.
Os parlamentares esperam
aprovar o pedido de Bush o mais
rapidamente possível, para não
interromper o envio de dinheiro.
Ainda não houve um anúncio formal sobre como a verba será gasta, mas a agência Associated Press
informou que o governo planeja
distribuir cartões de débito que
valem US$ 2.000 para as vítimas,
que poderão ser usados para
comprar comida, combustível e
outras necessidades essenciais.
Na semana passada, Bush pediu
US$ 10,5 bilhões ao Congresso,
mas o porta-voz da Casa Branca,
Scott McClellan, disse que o presidente solicitará mais dinheiro.
Com o "New York Times" e agências internacionais
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