São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2005

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Alunos de áreas afetadas são transferidos

DO "NEW YORK TIMES"

Escolas de distritos de Estados tão distantes como o Maine e Washington começaram ontem a matricular milhares de crianças de Nova Orleans e outras regiões devastadas pelo furacão Katrina, o que especialistas avaliam que pode ser a maior transferência estudantil na história do país.
Além de fornecerem salas de aula, livros e professores, as escolas que receberem as crianças devem ainda melhorar seus níveis escolares, segundo lei aprovada pelo governo George W. Bush.
Para historiadores, é um desafio que ultrapassa qualquer experiência anterior do sistema público de educação desde sua criação após a Guerra Civil (1861-65), incluindo desastres como o terremoto de San Francisco (1906), que destruiu distritos inteiros.
"Em termos de sistemas escolares absorvendo crianças cujas vidas e lares foram destruídos, o que vamos assistir nas próximas semanas não tem precedentes na educação americana", disse o professor Jeffrey Mirel, da Universidade de Michigan.
A realocação teve início na semana passada com escolas de Baton Rouge (Louisiana), Houston (Texas) e outras cidades próximas à costa do golfo do México matriculando alguns estudantes.
Ontem, cidades como San Antonio, Phoenix, Las Vegas e Chicago começaram a matricular alunos ou a fazer preparativos para sua chegada.
O número total de estudantes deslocados ainda não é conhecido, mas deve ultrapassar 200 mil. Em Louisiana, 135 mil alunos da rede pública e 52 mil da rede privada foram retirados de Nova Orleans, Jefferson e outras cidades.
O Departamento da Educação criou um website para coordenar doações para as escolas que receberem alunos. Segundo a secretária da Educação, Margaret Spellings, o orçamento deste ano para alunos sem-teto é de US$ 61 milhões, o que seria insuficiente.


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