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Conheça as opções à
disposição de Ieltsin
do enviado especial a Moscou
A firmeza usada pelos neocomunistas nas negociações com Ieltsin
pode obrigar o presidente a engolir uma amarga derrota e ter de
apresentar um novo nome para o
cargo de premiê. E o favorito nessa
corrida é o chanceler interino,
Yevgueni Primakov.
Grigori Iavlinski, líder da oposição liberal, enumerou as características que o levariam a apoiar o
ex-espião da KGB (serviço secreto
da extinta URSS).
"O novo premiê deve ser conhecido no exterior, ter autoridade
política e autoridade para lidar
com militares e forças de segurança, além de não alimentar a ambição de ser presidente", afirmou
Iavlinski, pré-candidato à sucessão de Ieltsin no ano 2000.
Iavlinski admitiu os limites dos
conhecimentos econômicos de
Primakov. "Para resolver o problema, Tchernomirdin poderia ser
o vice-premiê", sugeriu o economista da oposição.
Primakov, com seu passado soviético, poderia ser aceito pelos
neocomunistas. Guennadi Ziuganov, no entanto, já sinalizou ter
outro candidato, o prefeito de
Moscou, Iuri Lijkov.
Lijkov reuniu, nos últimos anos,
a fama de bom administrador. Foi
reeleito em 96 com mais de 90%
dos votos, fez carreira política ao
lado de Ieltsin, mas soube cultivar
laços com os neocomunistas.
Ieltsin tem pouco espaço de manobra. Novas eleições poderiam
trazer uma Duma ainda mais oposicionista.
E já se foi o tempo em que Ieltsin
podia contar com o apoio do Exército, como em 1993, para reprimir
com violência um Parlamento rebelde.
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