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Rússia declara
apoio à ação militar
DA REDAÇÃO
O governo russo declarou seu
total apoio à ação militar contra o
Taleban iniciada ontem pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido,
afirmando que o terrorismo internacional deve ser punido.
Em uma declaração divulgada
pela televisão local, o Ministério
de Relações Exteriores da Rússia
afirmou que o Afeganistão, sob o
controle do Taleban, transformou-se em "um centro internacional de terrorismo e de extremismo" e em um porto seguro
para terroristas. "Onde quer que
estejam -no Afeganistão, na
Tchetchênia, no Oriente Médio
ou nos Bálcãs-, os terroristas
precisam saber que eles serão
submetidos à Justiça", diz a nota.
Vladimir Putin, presidente da
Rússia, estava comemorando
seus 49 anos ontem quando recebeu um telefone do presidente
americano George W. Bush pouco antes do início dos ataques.
"Bush informou o presidente
(Putin) sobre o início das operações. Ele fez isso antes de o ataque
começar", afirmou Sergei Prikhodko, chefe do conselho de política externa de Putin.
Desde os atentados de 11 de setembro, Putin tem apoiado os
EUA para que desenvolva uma
coalização internacional de combate ao terrorismo, especialmente
a Osama bin Laden.
Em um sinal de seu novo relacionamento com os EUA, a Rússia não colocou seus sistemas de
defesa aérea em estado de alerta
depois dos ataques americanos.
Durante a Guerra Fria, as defesas
aéreas russas eram colocadas em
alerta ao menor indício de alguma
atividade militar dos EUA.
Em um importante gesto de
apoio aos EUA, a Rússia pediu ao
Tadjiquistão e ao Uzbequistão
que não interrompessem a cooperação militar com Washington.
Cerca de mil tropas americanas
viajaram para o Uzbequistão
-oficialmente para participar de
operações de busca e resgate.
Fontes do Ministério de Defesa
russo afirmaram que uma equipe
especial de oficiais foi enviada para o Uzbequistão para se juntar às
forças americanas.
De acordo com fontes do governo do Tadjiquistão, as forças armadas do país foram colocadas
em estado de alerta após os ataques dos EUA ao Afeganistão.
Uma divisão russa no Tadjiquistão está em alerta, principalmente para ajudar a controlar o
fluxo de refugiados afegãos.
O apoio que os russos têm dado
aos EUA desde os atentados a Nova York e ao Pentágono indica
que a Rússia quer se aliar ao Ocidente na luta contra o terrorismo
internacional, que pode ser capaz
de ajudar o país a reduzir ou acabar com os ataques terroristas que
vem sofrendo internamente.
Parte dos veteranos da Guerra
do Afeganistão, que lutaram contra a antiga União Soviética, uniu-se a rebeldes tchetchenos. Segundo o Kremlin, esses terroristas foram responsáveis, em 1999, por
atentados a bomba em Moscou e
outras cidades russas, que levaram a Rússia a realizar uma ofensiva que permitiu reconquistar
parte da Tchetchênia.
Com agências internacionais
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