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ÁSIA CENTRAL
Washington reitera que meta não é só Bin Laden
Ação dos EUA no Afeganistão faz 1 ano e não tem prazo para acabar
DA REDAÇÃO
A segunda-feira marcou o primeiro aniversário da guerra mundial contra o terrorismo empreendida pelos EUA. Há um ano
começava o ataque contra o regime do Taleban, que dominava
mais de 90% do território do Afeganistão, e a Al Qaeda, rede terrorista protegida por Cabul.
As primeiras incursões aéreas
foram fulminantes, ensejando um
rápido avanço das tropas terrestres da Aliança do Norte, principal coalizão opositora do Taleban. A sociedade americana, chocada com os ataques do dia 11 de
setembro, apoiou em peso a ofensiva. A comunidade internacional
aceitou e até ajudou no ataque, tácita ou explicitamente.
Hoje, um ano depois, a guerra
ao terrorismo no Afeganistão tornou-se um conflito de baixa intensidade, com os diários ataques
de rotina, as pequenas quantidades de munição apreendidas e a
detenção esporádica de uns poucos suspeitos.
"Já faz um ano?", pergunta o
soldado americano Thomas Corbin, da 82ª Divisão Aerotransportada. "Às vezes a gente nem se
lembra em que mês estamos", diz.
Corbin, um jovem de Traverse
City, Michigan (norte dos EUA), é
um dos 10 mil soldados americanos acantonados no Afeganistão.
Segundo o general Peter Pace, eles
se dividem em tarefas que vão
desde caçar o saudita Osama bin
Laden, líder da Al Qaeda, até ajudar na construção de estradas.
O paradeiro de Bina Laden e do
mulá Omar, líder do Taleban, ainda é um mistério. De tempos em
tempos aparece uma nova versão
de que os dois ainda estariam no
Afeganistão, planejando outras
ações, ou de que um deles teria
morrido de problemas de estômago, ou de que ambos fugiram
para o Iêmen, ou ainda "testemunhos" de que os dois foram para o
Paquistão e assim por diante.
O secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, repete sempre
que pode que achar Bin Laden
não é a prioridade americana.
"O caso todo não é sobre ele
[Bin Laden]. É um problema muito maior do que apenas um indivíduo", repetiu ontem.
Em relação às tropas, Rumsfeld
afirma que elas ficarão na Ásia
Central até que o novo governo
afegão ganhe "um controle firme"
sobre o país. "Não há como prever um cronograma [da retirada
americana]", disse o chanceler
afegão, Abdullah Abdullah.
Com agências internacionais
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