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Confrontos na Tailândia matam 2 e ferem 400
DA REDAÇÃO
Choques entre a polícia e manifestantes contrários ao governo tailandês deixaram ao
menos dois mortos e mais de
400 feridos ontem em Bancoc.
Foi o dia mais violento dos
protestos na Tailândia, iniciados em 26 de agosto com a ocupação da sede do governo.
A situação se agravou desde o
final de semana, com a prisão
de dois líderes da APD (Aliança
do Povo pela Democracia), organização ultraconservadora
responsável pelo protesto.
O objetivo do grupo é provocar uma nova intervenção do
Exército contra o governo liderado pelo PPP (Partido do Poder Popular), do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra,
deposto por um golpe militar
em 2006 e que hoje vive no Reino Unido.
Na noite de anteontem, manifestantes cercaram o Parlamento para impedir a entrada
dos congressistas na sessão de
ontem, em que um novo premiê, Somchai Wongsawat, eleito pelo Legislativo em 25 de setembro, apresentou seu plano
político. A lei tailandesa determina que o chefe de governo só
pode assumir suas funções executivas após a exposição de tal
plataforma no Parlamento.
A violência eclodiu na manhã
de ontem, quando a polícia recebeu ordens para liberar as
ruas em torno do prédio para a
entrada dos parlamentares. O
discurso foi feito, mas os políticos ficaram confinados por cerca de cinco horas até conseguirem sair do prédio.
Os choques precipitaram a
renúncia do vice-premiê, Chavalit Yongchaiyudh, que era o
encarregado da segurança.
O protesto começou com o
objetivo de derrubar o primeiro-ministro Samak Sundaravej,
a quem a APD acusava de ser
um fantoche de Thaksin. Em 9
de setembro, Samak foi afastado pela Corte Constitucional,
por ser pago para apresentar
um programa de culinária na
TV quando já era premiê.
Oito dias depois, o Parlamento elegeu Somchai, que é cunhado de Thaksin. O protesto
continuou, com ele como alvo.
Com agências internacionais
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