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Resolução dos EUA será votada hoje na ONU
DA REUTERS
Será votada hoje pela manhã a
nova resolução do Conselho de
Segurança da ONU sobre o Iraque. "Houve acordo para que a
votação seja realizada", disse o
embaixador britânico nas Nações
Unidas, Jeremy Greenstock.
Os EUA e a França chegaram a
um acordo ontem sobre uma proposta de resolução apresentada
anteontem ao Conselho de Segurança que dá ao Iraque uma última chance de se desarmar.
Após negociações ontem, autoridades americanas retiraram
uma frase controversa que permitiria que os EUA, e não apenas os
inspetores de armas da ONU, declarassem que o Iraque estaria cometendo "mais violações" de resoluções do CS, o que poderia justificar uma guerra. A França declarou então seu apoio ao texto,
afirmaram diplomatas.
Segundo eles, o acordo foi atingido após uma conversa telefônica ontem entre o presidente dos
EUA, George W. Bush, e o presidente da França, Jacques Chirac.
Mas a Rússia, cujo presidente,
Vladimir Putin, também conversou com Bush ontem, não sinalizou se votaria a favor da resolução
ou se absteria. Não é esperado que
o país use seu poder veto para bloquear a resolução, mas os EUA e o
Reino Unido querem uma decisão unida do CS para enviar uma
mensagem clara ao Iraque.
"Estou otimista quanto ao fato
de que vamos ter a votação sobre
a resolução amanhã [hoje]", disse
Bush ontem. "Quando essa resolução passar, poderei dizer que a
ONU reconheceu a ameaça e que
agora vamos trabalhar juntos para desarmar [o ditador iraquiano,
Saddam Hussein]."
O novo texto, o terceiro após
dois meses de negociações, inclui
concessões que dariam um papel
limitado ao CS antes de qualquer
ataque militar. Mas ele ainda deixa Washington livre para atacar o
Iraque se o país não cooperar com
os inspetores de armas da ONU
-cuja missão é verificar quais
são e onde estão as armas de destruição em massa de Bagdá.
A França e a Rússia queriam assegurar que a resolução não contivesse "gatilhos ocultos" que permitiriam que Washington atacasse o Iraque quando quisesse e depois dissesse que o havia feito
com a autorização da ONU.
A Síria queria que a votação fosse adiada até segunda-feira.
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