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São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2003

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Situação piora no Afeganistão; EUA temem sequestro de jornalistas

DA REDAÇÃO

O Departamento de Estado dos EUA alertou jornalistas do país que estão no Afeganistão sobre o risco de sequestros. O movimento extremista islâmico Taleban estaria planejando capturar repórteres para trocá-los por prisioneiros detidos em Guantánamo.
O governo central afegão, apoiado pelos EUA, vem perdendo o controle da situação no país. Ontem, guerrilheiros, presumivelmente do Taleban, atacaram e destruíram um posto de vigilância no sul, matando um policial e ferindo outro, e um ministro afegão anunciou que a Al Qaeda está intensificando suas operações na fronteira com o Paquistão.
A Embaixada dos EUA em Cabul afirmou que os jornalistas "devem tomar imediatamente medidas para garantir sua segurança". O país mantém cerca de 650 presos, a maioria afegãos, confinados em Guantánamo (Cuba), mas não definiu o status legal deles nem os acusou formalmente de nada, razão pela lhes é negado o direito a advogado.

Al Qaeda age na fronteira
O ministro do Interior afegão, Ali Ahmad Jalali, disse ontem que a rede terrorista Al Qaeda está intensificando suas atividades na fronteira com o Paquistão com o objetivo de criar um "segundo front" para obrigar os EUA a dividir seus esforços no Iraque.
Segundo o ministro, alguns dos recentes ataques a forças americanas foram obra de terroristas da Al Qaeda vindos do exterior. Alguns dos extremistas mortos nas últimas semanas no Paquistão e no Afeganistão seriam árabes, tchetchenos e uzbeques.
Na madrugada de ontem, dezenas de supostos guerrilheiros do Taleban atacaram uma patrulha afegã num remoto posto nas montanhas do sul do país. Depois de intensa troca de tiros durante três horas, um soldado foi morto e outro ficou ferido. Nove guerrilheiros teriam sido mortos.
O choque aconteceu em Khak-e-Afghan, distrito localizado a cerca de 175 km a noroeste de Candahar, uma zona de frequentes confrontos entre extremistas do Taleban e forças do governo.
Nos últimos meses, o Taleban tem desferido mais ataques e feito ameaças contra afegãos que trabalham para organizações humanitárias internacionais e para o governo do presidente Hamid Karzai. O movimento extremista capturou há oito dias um engenheiro civil turco e exige a libertação de pelo menos oito guerrilheiros para soltá-lo.


Com agências internacionais


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