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Situação piora no Afeganistão; EUA
temem sequestro de jornalistas
DA REDAÇÃO
O Departamento de Estado dos
EUA alertou jornalistas do país
que estão no Afeganistão sobre o
risco de sequestros. O movimento
extremista islâmico Taleban estaria planejando capturar repórteres para trocá-los por prisioneiros
detidos em Guantánamo.
O governo central afegão,
apoiado pelos EUA, vem perdendo o controle da situação no país.
Ontem, guerrilheiros, presumivelmente do Taleban, atacaram e
destruíram um posto de vigilância no sul, matando um policial e
ferindo outro, e um ministro afegão anunciou que a Al Qaeda está
intensificando suas operações na
fronteira com o Paquistão.
A Embaixada dos EUA em Cabul afirmou que os jornalistas
"devem tomar imediatamente
medidas para garantir sua segurança". O país mantém cerca de
650 presos, a maioria afegãos,
confinados em Guantánamo (Cuba), mas não definiu o status legal
deles nem os acusou formalmente
de nada, razão pela lhes é negado
o direito a advogado.
Al Qaeda age na fronteira
O ministro do Interior afegão,
Ali Ahmad Jalali, disse ontem que
a rede terrorista Al Qaeda está intensificando suas atividades na
fronteira com o Paquistão com o
objetivo de criar um "segundo
front" para obrigar os EUA a dividir seus esforços no Iraque.
Segundo o ministro, alguns dos
recentes ataques a forças americanas foram obra de terroristas da
Al Qaeda vindos do exterior. Alguns dos extremistas mortos nas
últimas semanas no Paquistão e
no Afeganistão seriam árabes,
tchetchenos e uzbeques.
Na madrugada de ontem, dezenas de supostos guerrilheiros do
Taleban atacaram uma patrulha
afegã num remoto posto nas
montanhas do sul do país. Depois
de intensa troca de tiros durante
três horas, um soldado foi morto e
outro ficou ferido. Nove guerrilheiros teriam sido mortos.
O choque aconteceu em Khak-e-Afghan, distrito localizado a
cerca de 175 km a noroeste de
Candahar, uma zona de frequentes confrontos entre extremistas
do Taleban e forças do governo.
Nos últimos meses, o Taleban
tem desferido mais ataques e feito
ameaças contra afegãos que trabalham para organizações humanitárias internacionais e para o
governo do presidente Hamid
Karzai. O movimento extremista
capturou há oito dias um engenheiro civil turco e exige a libertação de pelo menos oito guerrilheiros para soltá-lo.
Com agências internacionais
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