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LINHA DE FRENTE
EUA mantêm ataques na área de Candahar
Americanos fazem ofensiva nos arredores da cidade para impedir fuga de membros do Taleban
DA REDAÇÃO
Mesmo com a rendição do Taleban, os norte-americanos intensificaram ontem seus ataques nos
arredores de Candahar e estão patrulhando a área com o objetivo
de capturar Mohamad Omar, o líder da milícia extremista, que está
desaparecido.
"À medida que vemos alvos
emergentes e boas oportunidades, vamos atrás deles", disse Victoria Clarke, porta-voz do Pentágono. Questionada se a aviação
norte-americana estava atacando
as tropas que saíam da cidade, a
porta-voz disse não ter conhecimento de uma lista de "objetivos
específicos".
Entretanto o general Tommy
Franks, comandante das operações no Afeganistão, disse que as
forças dos EUA estão operando
com aliados anti-Taleban para
tentar impedir a fuga de integrantes da milícia extremista.
Acredita-se que os integrantes
do Taleban que ontem deixaram
Candahar possam estar buscando
abrigo em um conjunto de montanhas na Província de Zabul, localizado a noroeste de Candahar.
O líder tribal pashtu Hamid
Karzai, chefe do futuro governo
interino do Afeganistão, afirmou
que os membros da milícia extremista desrespeitaram o acordo
para deixar Candahar sem suas
armas -saíram da cidade levando seus equipamentos.
Franks não descartou a possibilidade de os fuzileiros navais americanos que estão ao sul de Candahar entrarem na cidade.
Segundo o general, a situação
em Candahar "continua instável".
"Levará dois ou três dias para termos um relato confiável sobre a
situação na cidade", afirmou o comandante dos EUA.
Primeiro combate
Os fuzileiros navais destruíram
um comboio de supostos integrantes do Taleban e da rede terrorista Al Qaeda que tentou furar
o bloqueio estabelecido pelos marines em uma estrada nos arredores da cidade que foi o último reduto do Taleban.
Foi o primeiro combate em solo
dos marines desde que sua base,
chamada de Camp Rhino, foi
montada em uma pista de pouso
abandonada no sul do Afeganistão, no último dia 25.
Segundo oficiais dos EUA, sete
"combatentes inimigos" foram
mortos no conflito, ocorrido em
estrada próxima a Candahar.
O capitão David T. Romley,
porta-voz dos marines, declarou
que a ofensiva destruiu três veículos dos adversários.
Romley afirmou que a patrulha
dos marines abriu fogo quando
um veículo, que vinha na direção
contrária e em alta velocidade, ignorou as advertências para que
parasse.
Aeronaves da coalizão ocidental, provavelmente norte-americanas, foram chamadas para dar
apoio às forças em terra e bombardearam os dois outros veículos que se aproximavam.
O militar afirmou que não houve baixas entre os marines na
ação. Os sete combatentes foram
mortos imediatamente -cinco
estavam dentro dos veículos; os
outros dois, em solo.
O capitão norte-americano não
soube informar se as "forças inimigas" chegaram a atirar contra
os marines.
Bloqueio
O combate de ontem ocorreu
durante uma das ações iniciadas
nesta semana pelos marines: o
bloqueio das rotas da região. Antes da entrega de Candahar, essas
operações tinham como objetivo
impedir que o Taleban recebesse
suprimentos e reforços. Agora, a
meta é deter fugitivos.
O capitão Romley disse que, durante a noite de anteontem, patrulhas aéreas e terrestres de reconhecimento identificaram "elementos inimigos" em veículos
não militares e a pé nas imediações da base dos EUA.
"Eles estavam sondando nosso
perímetro em mais de um ponto",
contou o militar, acrescentando
que foi a primeira vez que os fuzileiros navais observaram uma
movimentação desse tipo.
Ao perceber a movimentação,
os marines dispararam morteiros
e granadas contra os alvos. O grupo de jornalistas que acompanha
as atividades na base dos EUA pôde ver a explosão dos morteiros e
a fumaça que subia dos locais
atingidos. Segundo os marines,
nenhum corpo foi encontrado na
região.
Romley confirmou ainda que a
queda de um helicóptero dos
EUA próximo à base na noite de
anteontem feriu duas pessoas, um
marine que estava a bordo e um
outro que estava em solo.
Ele descartou a possibilidade de
a queda do aparelho, um UH-1N
Huey, ter relação com atividades
inimigas, mas declarou que uma
comissão foi convocada para investigar o caso e deve apresentar
relatório em breve.
Com agências internacionais
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