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EUA sustam acordo sobre veto a
armas biológicas e irritam Europa
DA REDAÇÃO
Os EUA forçaram a suspensão
dos trabalhos da conferência internacional sobre a proibição de
armas biológicas, ontem em Genebra (Suíça), que terminou sem
aprovar novas medidas para a
restrição desse tipo de arma.
A ação surpreendeu e irritou os
países da União Européia. Nas palavras de um diplomata europeu à
agência "Reuters", foi um "míssil" contra o tratado antiarmas
biológicas.
Para não fracassar completamente, a conferência, que buscava
dar maior alcance à Convenção
de Armas Biológicas e Tóxicas, de
1972, concordou em suspender os
trabalhos por um ano.
Diferentemente de outros tratados sobre armas, o pacto de armas biológicas, assinado por 144
países, não tem um mecanismo
para conferir se os países-membros estão obedecendo as regras.
O tratado de 1972 proíbe a fabricação e o armazenamento desse
tipo de arma de guerra e sugere a
sua destruição.
Uma comissão estabelecida pela
conferência estava trabalhando
havia seis anos para estabelecer
formas de controle sobre a produção e o uso de armas biológicas.
Antes de a conferência começar,
os Estados Unidos haviam rejeitado o rascunho de um protocolo
proposto pela comissão, que instituiria um sistema de checagens
relâmpagos aleatórias em instalações suspeitas.
Os EUA afirmaram que o sistema proposto iria expor suas instalações industriais e militares à espionagem, sem oferecer garantias
de que países que rompem o tratado seriam pegos.
Ontem, uma hora antes da conclusão da conferência, iniciada
em 19 de novembro, os americanos pediram formalmente o cancelamento do mandato da comissão negociadora.
John Bolton, subsecretário de
Estado dos EUA, declarou que a
convenção não serviu, por exemplo, para impedir os recentes ataques com antraz. Ele afirmou que
Coréia do Norte, Iraque, Irã, Líbia, Sudão e Síria, signatários da
convenção, continuam produzindo armas biológicas.
Nas negociações, os países signatários haviam concordado sobre uma série de medidas, mas
permaneciam bastante divididos
em vários pontos importantes, incluindo o futuro da chamada comissão de negociação ad hoc, que
buscava maneiras de tornar o
pacto verificável.
Uma nova conferência foi marcada para novembro de 2002,
também em Genebra.
Com agências internacionais
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