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MÍDIA
Rede promete investir em programas; há ameaça de greve
BBC anuncia demissão de 2.900 funcionários para cortar gastos
DA REDAÇÃO
A rede britânica BBC, um dos
maiores grupos de mídia do mundo, anunciou ontem que irá demitir 2.900 funcionários, o equivalente a 10% de sua força de trabalho, numa tentativa de reduzir
custos e numa primeira etapa de
reestruturação da empresa.
O diretor-geral da BBC, Mark
Thompson, disse que, com as demissões, a empresa deve economizar 320 milhões de libras por
ano (cerca de R$ 1,66 bilhão), ou
10% de seus gastos anuais. Essa
quantia, segundo ele, será reinvestida na programação.
Sindicatos representantes dos
funcionários ameaçaram entrar
em greve contra a decisão.
A medida afetará os departamentos administrativo, financeiro, jurídico, de recursos humanos, de marketing e de treinamento, além de outros setores que
não produzam programas.
Por enquanto, os jornalistas da
rede foram poupados. Porém, está previsto para março próximo
um novo anúncio de demissões.
"Temos de gastar menos em administração e mais em conteúdo", disse Thompson aos funcionários da empresa, por meio de
um circuito interno de televisão.
Segundo Thompson, a BBC
pretende investir mais em jornalismo, teatro, comédia, música,
ensino, esporte, interatividade e
no público infantil.
Cerca de 1.800 funcionários que
trabalham nos serviços esportivos, nos programas infantis e no
canal 24 horas de rádio serão
transferidos de Londres a Manchester, no norte da Inglaterra,
dentro de cinco anos.
De acordo com a decisão, o serviço mundial, que é o braço comercial da empresa, terá como
meta dobrar seus lucros. A maioria dos serviços noticiosos deverá
reduzir em 15% seus gastos de
funcionamento.
Sindicatos alertaram para novos cortes. "Você não pode economizar 15% dos custos de qualquer departamento sem demissões", disse Jeremy Dear, secretário-geral do Sindicato Nacional de
Jornalistas, um dos que ameaçaram fazer greve.
Com agências internacionais
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