São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010 |
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Australiano diz que acusação é "perturbadora" DE SÃO PAULO Em entrevista ao site brasileiro Opera Mundi, Julian Assange disse ser "perturbador" o que define como "articulação política" para prendê-lo. A entrevista foi dada anteontem (véspera da prisão) à jornalista Natalia Viana, representante do WikiLeaks no Brasil. Assange disse que a acusação de abuso sexual na Suécia é falsa, já que as próprias mulheres envolvidas disseram que houve "sexo consensual". O caso chegou até mesmo a ser arquivado, segundo ele, após a Procuradoria-Geral em Estocolmo, capital da Suécia, ler os depoimentos das duas envolvidas. A reabertura da investigação ocorreu, ainda de acordo com a avaliação de Assange, exclusivamente por motivação política. Somente nesta semana, devido ao congelamento dos recursos financeiros, Assange destacou que o site perdeu € 100 mil. No PayPal, site de pagamentos, usado como forma de arrecadação pelo WikiLeaks, o bloqueio foi de € 70 mil. Quanto ao fundo de defesa, dinheiro que estava em um banco da Suíça reservado para pagar os custos judiciais, a perda atingiu cerca de 31 mil. O criador do WikiLeaks afirmou que é possível visualizar "os tentáculos da elite norte-americana corrupta" nas reações do PayPal e do Amazon, provedor que se recusou a continuar hospedando o site. Quando perguntado sobre a diferença entre aquilo que o site faz e a espionagem, Assange respondeu que recebe material de fontes confiáveis e "o entrega ao público". Ele citou as pessoas que denunciam irregularidades onde trabalham e jornalistas como fontes das informações sigilosas publicadas. Refutou, portanto, a acusação movida pelos EUA e pela Austrália de que o WikiLeaks seja um veículo de espionagem. "Espionagem quer dizer que teríamos que trabalhar para adquirir o material e o repassar a um estrangeiro", declarou. Texto Anterior: Dono do WikiLeaks se entrega à polícia Próximo Texto: Análise/Wikileaks: A extradição e a defesa dos direitos humanos Índice | Comunicar Erros |
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