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EUA diminuem busca por armas, afirma "NYT"
DA REDAÇÃO
A administração George W.
Bush retirou do Iraque cerca de
400 militares especializados em
destruir armas de destruição
em massa, informou ontem o
"New York Times".
Segundo o jornal, seria um sinal de que os EUA já não esperam descobrir os supostos arsenais de armas químicas e biológicas de Saddam Hussein, o
principal motivo oferecido pela
Casa Branca e por Londres para iniciar a guerra.
Nos últimos sete meses, o
Grupo de Pesquisa do Iraque,
formado por cerca de 1.400 especialistas americanos, tem
vasculhado o país em busca de
vestígios de armas de destruição em massa. Parte da equipe
permanecerá no país.
"O Grupo de Pesquisa continuará a realizar o seu trabalho", reagiu o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.
Ameaça exagerada
Também ontem, o Instituto
Carnegie para a Paz Internacional, baseado em Washington,
publicou um relatório no qual
acusa o governo Bush de ter
"sistematicamente distorcido"
a ameaça iraquiana. Para o instituto, o Iraque poderia ter sido
contido por uma combinação
de inspeções da ONU, ações
militares limitadas e sanções.
De acordo com o Carnegie,
moderadamente de centro-esquerda, "a comunidade de inteligência [dos EUA] começou
a ser influenciada pelas visões
dos formuladores de políticas
do governo em algum momento de 2002".
O relatório sustenta que o arsenal iraquiano já tinha sido
desmantelado muito antes da
Guerra do Iraque, iniciada em
março. "Achamos altamente
improvável que haja alguma
descoberta significativa", disse
Joseph Cirincione, um dos autores do estudo.
O secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, disse ter
confiança nos argumentos
apresentados para justificar a
guerra. Ele lembrou que Saddam possuía e utilizou armas
de destruição em massa nos
anos 1980 e recusou-se por
mais de uma década, após a
Guerra do Golfo (1991), a provar que havia se livrado delas.
Anteontem, "The Washington Post" disse que, provavelmente, o suposto arsenal proibido iraquiano nunca chegou a
sair do papel nos anos 1990. De
acordo com o jornal, Saddam
não teve os recursos necessários para investir em armas de
destruição em massa devido ao
embargo econômico e às sanções internacionais.
Com agências internacionais
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