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entrevista
Campanha de senadora perdeu o rumo
ANDREA MURTA
DA REDAÇÃO
Jornais americanos foram invadidos ontem por
análises sobre a mudança
na campanha de Hillary
Clinton após o fiasco em
Iowa e a disputa acirradíssima em New Hampshire.
Para o analista político da
Universidade Columbia
Robert Erikson, porém, o
que há é uma total perda
de rumo. Leia a entrevista
que ele concedeu à Folha.
FOLHA - Já há uma mudança
clara na campanha de Hillary?
ROBERT ERIKSON - O que pode ser visto é que a campanha perdeu o rumo depois
da surpresa em Iowa. O argumento mais visto agora,
de que ela "trabalha pela
mudança" em vez de "ter
esperança na mudança"
[mote de Obama], já estava sendo usado e não
adiantou muito. Eles simplesmente não sabem o
que fazer. Hillary precisa
abrir um novo capítulo.
FOLHA - E se ela tivesse perdido em New Hampshire?
ERIKSON - Mesmo assim,
sua campanha não estaria
morta. Já não acho que ela
é a favorita, mas Hillary
não vai desistir e poderá
manter vantagem na Superterça [5 de fevereiro].
FOLHA - Que democrata teria
mais chances em novembro?
ERIKSON - Isso é difícil de
dizer. Mas há várias pesquisas que fazem projeções sobre cenários de disputa e parece que Obama
tem mais chances do que
Hillary nacionalmente.
FOLHA - Para qual republicano um democrata deve torcer?
ERIKSON - Seria mais fácil
vencer Mitt Romney em
novembro, segundo as
pesquisas. Romney nunca
obteve bons resultados
contra os democratas. Até
Mike Huckabee, que não
ganharia a Presidência, teria mais chances.
FOLHA - Podemos esperar
um retorno de John McCain?
ERIKSON - Seu retorno já é
real. Ao vencer em New
Hampshire, sai muito beneficiado. Mas ainda há
quatro ou cinco candidatos republicanos viáveis
para a indicação [à candidatura]. Não vejo ninguém
realmente liderando no
Partido Republicano.
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