São Paulo, quarta-feira, 09 de janeiro de 2008

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entrevista

Campanha de senadora perdeu o rumo

ANDREA MURTA
DA REDAÇÃO

Jornais americanos foram invadidos ontem por análises sobre a mudança na campanha de Hillary Clinton após o fiasco em Iowa e a disputa acirradíssima em New Hampshire. Para o analista político da Universidade Columbia Robert Erikson, porém, o que há é uma total perda de rumo. Leia a entrevista que ele concedeu à Folha.

 

FOLHA - Já há uma mudança clara na campanha de Hillary?
ROBERT ERIKSON -
O que pode ser visto é que a campanha perdeu o rumo depois da surpresa em Iowa. O argumento mais visto agora, de que ela "trabalha pela mudança" em vez de "ter esperança na mudança" [mote de Obama], já estava sendo usado e não adiantou muito. Eles simplesmente não sabem o que fazer. Hillary precisa abrir um novo capítulo.

FOLHA - E se ela tivesse perdido em New Hampshire?
ERIKSON -
Mesmo assim, sua campanha não estaria morta. Já não acho que ela é a favorita, mas Hillary não vai desistir e poderá manter vantagem na Superterça [5 de fevereiro].

FOLHA - Que democrata teria mais chances em novembro?
ERIKSON -
Isso é difícil de dizer. Mas há várias pesquisas que fazem projeções sobre cenários de disputa e parece que Obama tem mais chances do que Hillary nacionalmente.

FOLHA - Para qual republicano um democrata deve torcer?
ERIKSON -
Seria mais fácil vencer Mitt Romney em novembro, segundo as pesquisas. Romney nunca obteve bons resultados contra os democratas. Até Mike Huckabee, que não ganharia a Presidência, teria mais chances.

FOLHA - Podemos esperar um retorno de John McCain?
ERIKSON -
Seu retorno já é real. Ao vencer em New Hampshire, sai muito beneficiado. Mas ainda há quatro ou cinco candidatos republicanos viáveis para a indicação [à candidatura]. Não vejo ninguém realmente liderando no Partido Republicano.


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