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Presidente nomeia e demite no BC brasileiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente e os demais diretores do Banco
Central, no Brasil, são escolhidos pelo presidente
da República e podem ser
exonerados de seus cargos
a qualquer momento.
O único controle externo ao Poder Executivo é
feito pelo Senado. Todos
os indicados precisam
passar por uma sabatina e
ser aprovados antes de tomar posse.
O Banco Central não
tem independência garantida por lei. Costuma-se
dizer, no entanto, que a
entidade possui "autonomia informal" para tomar
algumas medidas, tais como, por exemplo, a definição do nível da taxa básica
de juros.
Mesmo assim, essa decisão precisa ter como objetivo o cumprimento da
meta de inflação, que é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional),
órgão presidido pelo ministro da Fazenda e no
qual o Banco Central tem
posição minoritária -o
ministro do Planejamento
também participa das decisões.
Ao contrário do que
acontece em algumas
agências reguladoras no
Brasil, como a Aneel
(Agência Nacional de
Energia Elétrica), e no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o presidente e os diretores do Banco Central
não possuem mandatos
com prazo fixo. Por isso,
podem ser substituídos a
qualquer momento pelo
presidente sem que haja
necessidade de submeter a
decisão ao Legislativo.
No começo do governo
Lula, chegou-se a discutir
a elaboração de uma lei
que garantisse independência ao órgão.
O argumento era que isso daria mais credibilidade
ao Banco Central diante
do objetivo de controlar a
inflação. Mas a ideia não
chegou a sair do papel.
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