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ORIENTE MÉDIO
Síria prende 30 opositores e americano
DA REDAÇÃO
A polícia da Síria prendeu cerca
de 30 ativistas que protestavam
contra o regime do ditador Bashar al Assad perto do Parlamento
em Damasco. Um diplomata dos
EUA também foi detido. Após algumas horas, os manifestantes e o
americano foram soltos.
A manifestação -raríssima em
uma ditadura fechada e repressora como a síria- coincidiu propositalmente com o 41º aniversário da ascensão do Partido Baath,
de Assad, ao poder por golpe.
Os ativistas defendem o fim dos
cerca de 40 anos de vigência da lei
de emergência. Essa lei, segundo a
Anistia Internacional, permitiu
que milhares de opositores fossem presos sem comunicação e
julgamento, muitas vezes sujeitos
a tortura.
Integrantes do governo afirmam que a lei somente seria levantada no caso de um acordo de
paz com Israel -os sírios exigem
a devolução das colinas do Golã.
Akthan Naisse, chefe do grupo
que realizou a manifestação de
ontem, afirmou ter sido pressionado pelas autoridades sírias a
não levar adiante o protesto, alegando que isso "serviria aos interesses americanos".
O diplomata americano que foi
detido junto com os manifestantes não teve nome nem função divulgados. "Protestamos nos mais
duros termos. A prisão de um diplomata, não importa por quanto
tempo, é uma clara violação das
Convenções de Genebra. É inaceitável", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA,
Richard Boucher. Washington
planeja implementar sanções comerciais e eventualmente diplomáticas contra a Síria nas próximas semanas após o Congresso
ter dado esse poder ao Executivo.
Após a morte de seu pai, Hafez,
em 2000, Assad assumiu o poder e
deu sinais de que poderia abrir o
regime, o que não ocorreu. Ele segue cercado de assessores do pai.
Com agências internacionais
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