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GRIPE AVIÁRIA
Preparo é elogiado
Cientistas minimizam potencial letal do H5N1
ERNANE GUIMARÃES NETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Caso a gripe aviária se torne a
próxima pandemia humana, é
pouco provável que mate em proporção semelhante à da Gripe Espanhola de 1918, disseram ontem
especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde) em Genebra e cientistas reunidos na Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência, em São Paulo.
Se o vírus H5N1, que matou pelo menos 96 pessoas desde 2003,
sofrer uma mutação e se tornar
transmissível de humano para
humano, sua expansão mundial
pode ser contida por uma rápida
reação das autoridades, declarou
a OMS no encerramento de três
dias de reuniões sobre o tema.
"Uma pandemia humana da influenza será um grande problema, mas trabalhando em conjunto podemos reagir com efetividade", disse Margaret Chan na declaração final, que conclui: "Embora a contenção de uma pandemia em sua origem nunca tenha
sido tentada, acumulam-se evidências sugerindo que isso seja
possível". A OMS citou a contenção da síndrome respiratória aguda grave, em 2003, e a atual vigilância das autoridades sobre os
focos de gripe aviária.
Os brasileiros explicaram que o
plano de contingência da OMS
para uma pandemia está em implantação no Brasil e minimizaram alardes recentes na mídia
brasileira sobre o perigo que o
H5N1 representa. "Devemos estar
preocupados, mas não em pânico", disse Edison Luiz Durigon,
especialista em vírus.
Durigon disse que a Gripe Espanhola também veio de um vírus
aviário que sofreu mutação, mas
que hoje há drogas -como as
compradas pelo Brasil- que podem conter o vírus até ser desenvolvida uma vacina. Ariel Mendes, da Universidade Estadual
Paulista, lembrou que as autoridades brasileiras investiram na
tecnologia de fabricação de tal vacina, para quando surgir uma cepa transmissível entre humanos.
Com agências internacionais
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