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RUMO AO NORTE
Área é "top ten' da imigração
da Redação
O presidente Bill Clinton
visita uma região que tem
quatro países "top ten" da
imigração, isto é, entre os
dez que mais "enviam" imigrantes ilegais aos EUA.
Coincidência ou não, o
encontro com autoridades
da América Central ocorre
no mesmo momento em
que o governo de Washington anuncia a deportação
de milhares de guatemaltecos e salvadorenhos.
O Serviço de Imigração e
Naturalização dos EUA estima que há 660 mil imigrantes ilegais vindos de El
Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua (os países que estão na agenda de
Clinton). Esses quatro países são os mais populosos
da América Central.
O número representa
quase 15% do total de estrangeiros ilegais nos EUA
(estimado em 5 milhões).
Além disso, Guatemala, El
Salvador e Honduras estão
entre os países com maior
índice de crescimento de
imigração de clandestinos
para os EUA. Segundo o
Serviço de Imigração, esses
países só perdem para o
México, em dados referentes ao período 1992-96.
Ainda não há dados referentes ao período posterior
ao furacão Mitch, que devastou a região. Teme-se
que haja um aumento no
fluxo migratório.
Entre novembro de 98
(quando acabou o Mitch) e
janeiro deste ano, cerca de
5.700 cidadãos desses quatro países foram presos tentando entrar nos EUA.
Clinton tenta amenizar a
questão: promete ajuda e
uma "solução migratória
justa". "Mas isso parece
uma incoerência. Por um
lado, Clinton vem à América Central preocupando-se
com os estragos do furacão
Mitch. Por outro, autoridades dos EUA anunciam deportações e, assim, prejudicam os guatemaltecos", criticou o presidente da Guatemala, Alvaro Arzú.
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