DA REDAÇÃO

Os líderes da França, da Rússia e da Alemanha -principais opositores europeus à guerra contra o Iraque- irão a São Petersburgo nesta semana para discutir a reconstrução do país.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, também era esperado, mas cancelou ontem um giro pela Europa -que incluía a visita à Rússia- e afirmou que vai discutir a reconstrução do Iraque em uma conferência da União Européia em Atenas na próxima semana.
O presidente da França, Jacques Chirac, estará em São Petersburgo na sexta-feira e no sábado. O chanceler (premiê) da Alemanha, Gerhard Schröder, já havia marcado uma reunião com Putin na cidade nos mesmos dias. Em Paris, Chirac afirmou que Putin o convidara "para discutir todos os aspectos da situação" e que a visita será "uma ocasião para discutir o pós-guerra no Iraque".
Chirac, após se encontrar com o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Ruud Lubbers, reiterou sua posição de que a ONU precisa desempenhar um papel central na reconstrução do Iraque. "Não estamos mais na era em que um ou dois países podem decidir o destino de outro país", disse.
O chanceler da França, Dominique de Villepin, afirmou que Paris estava satisfeita com a promessa do premiê britânico, Tony Blair, de conceder à ONU um papel "vital" na reconstrução do Iraque, mas disse que a "França, como a maior parte da Europa, prefere falar em um papel central."
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que o assunto central do diálogo seria "a discussão de possibilidades de resolução da crise iraquiana e de seu retorno à égide do Conselho de Segurança da ONU".
As visitas ocorrerão em meio a uma discussão internacional sobre o papel da ONU -e dos países que não são parte da coalizão liderada pelos EUA- na reconstrução do Iraque.