|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Escolha de Bush para o pós-guerra é questionada
DA ASSOCIATED PRESS
O general americano da reserva
que supervisionará a reconstrução do Iraque assinou uma declaração que acusava os palestinos
de encher suas crianças com ódio
e que elogiava Israel -afirmações que podem complicar sua
nova função no inflamável golfo
Pérsico.
Líderes árabes e muçulmanos
dizem que o envolvimento de Jay
Garner, 64, com o Instituto Judaico para Assuntos de Segurança
Nacional (IJASN) -incluindo o
documento que assinou e uma
viagem a Israel- levanta questões sobre se é a pessoa certa para
supervisionar a reconstrução.
"Eu sinceramente acho que,
quando os iraquianos descobrirem [a declaração], eles ficarão
apavorados", disse Hussein Ibish,
porta-voz do Comitê Antidiscriminação Árabe-Americano.
Garner foi um dos mais de 40
oficiais reformados americanos a
assinar uma carta há cerca de dois
anos, em meio ao recrudescimento da violência no Oriente Médio.
A mensagem dava total apoio a
Israel por sua "notável moderação" e culpava os líderes palestinos pela crise.
A tática palestina "de usar civis
como soldados em uma guerra é
uma perversão da ética militar",
afirmava a declaração.
Segundo o documento, os líderes palestinos "ensinavam a
crianças a mecânica da guerra ao
mesmo tempo em que "enchiam
suas cabeças com ódio". Já comandantes policiais e militares
palestinos "estavam jogando a vida de suas crianças contra a moderação israelense".
Garner, que há 12 anos supervisionou os esforços americanos
para ajudar os curdos no norte do
Iraque, é um dos mais de 250 militares reformados americanos que
visitaram Israel a convite do
IJASN nos últimos anos. O general também serviu na Guerra do
Vietnã e esteve à frente do Comando de Defesa Estratégica e
Exército Espacial antes de ser reformado, em 97.
"Um general gasta 31 anos de
sua vida no Exército e, por causa
de dez dias em Israel, é questionado sobre sua capacidade de servir
no Iraque", disse ontem o porta-voz da IJASN, Jim Colbert.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Plano político prevê eleição em até dois anos Próximo Texto: "EUA se impacientaram", diz Blix Índice
|