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Parlamento põe fim a impasse e aceita ministros de Defesa e Interior "neutros"
DA REDAÇÃO
Após três semanas de indefinição, o Parlamento iraquiano
finalmente aprovou ontem os
nomes dos novos ministros do
Interior e da Defesa, apresentados pelo primeiro-ministro
Nuri al Maliki. Foi definido
também o nome do novo chefe
da Segurança Nacional.
O impasse vinha criando
grandes dificuldades para o
árabe xiita Maliki, às voltas
com o aumento das disputas
sectárias e sem os ministros
que são peças-chave para lidar
com a questão da segurança.
A votação ocorreu minutos
depois do anúncio de que o líder da Al Qaeda Abu Musab al
Zarqawi havia sido morto. Políticos iraquianos dizem que foi
apenas uma coincidência.
Como acordado, o cargo de
ministro do Interior foi destinado a um árabe xiita, Jawad al
Bolani, e o de chefe da Defesa, a
um sunita, o general Abdel Qader Jassim. O árabe xiita Sherwan Waeli é o novo ministro da
Segurança Nacional. Nenhum
dos indicados tem ação política
destacada -condição necessária para que fossem aprovados
por ambas as facções.
O general Jassim, 58, comandava as forças militares iraquianas. Durante o regime de
Saddam Hussein (1979-2003),
foi expulso do Exército ao se
opor à invasão do vizinho Kuwait e então mandado à prisão.
Bolani, 46, é um membro "independente" da aliança xiita.
Deixou as Forças Armadas em
1999 e foi membro do governo
interino formado após a invasão. Waeli, 49, foi preso em
1991, após um levante xiita.
Atuava no Ministério da Segurança como conselheiro para
assuntos regionais.
Ontem cerca de 40 pessoas
morreram em atentados em
Bagdá. No pior deles, uma bomba explodiu num mercado, matando 13 e ferindo 28.
Com agências internacionais
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