São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2006

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Parlamento põe fim a impasse e aceita ministros de Defesa e Interior "neutros"

DA REDAÇÃO

Após três semanas de indefinição, o Parlamento iraquiano finalmente aprovou ontem os nomes dos novos ministros do Interior e da Defesa, apresentados pelo primeiro-ministro Nuri al Maliki. Foi definido também o nome do novo chefe da Segurança Nacional.
O impasse vinha criando grandes dificuldades para o árabe xiita Maliki, às voltas com o aumento das disputas sectárias e sem os ministros que são peças-chave para lidar com a questão da segurança.
A votação ocorreu minutos depois do anúncio de que o líder da Al Qaeda Abu Musab al Zarqawi havia sido morto. Políticos iraquianos dizem que foi apenas uma coincidência.
Como acordado, o cargo de ministro do Interior foi destinado a um árabe xiita, Jawad al Bolani, e o de chefe da Defesa, a um sunita, o general Abdel Qader Jassim. O árabe xiita Sherwan Waeli é o novo ministro da Segurança Nacional. Nenhum dos indicados tem ação política destacada -condição necessária para que fossem aprovados por ambas as facções.
O general Jassim, 58, comandava as forças militares iraquianas. Durante o regime de Saddam Hussein (1979-2003), foi expulso do Exército ao se opor à invasão do vizinho Kuwait e então mandado à prisão.
Bolani, 46, é um membro "independente" da aliança xiita. Deixou as Forças Armadas em 1999 e foi membro do governo interino formado após a invasão. Waeli, 49, foi preso em 1991, após um levante xiita. Atuava no Ministério da Segurança como conselheiro para assuntos regionais.
Ontem cerca de 40 pessoas morreram em atentados em Bagdá. No pior deles, uma bomba explodiu num mercado, matando 13 e ferindo 28.


Com agências internacionais

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