DA ASSOCIATED PRESS

O ministro da Defesa do Brasil, José Viegas, disse ontem, em Porto Príncipe, no Haiti, que o sucesso na restauração da estabilidade política no país vai depender da habilidade da força internacional de paz das Nações Unidas em estabelecer laços com uma população que viveu décadas de conflito.
"O trabalho [da força de paz] não é apenas trazer estabilidade mas também mostrar um senso de solidariedade", disse. "Sua presença aqui é uma demonstração clara da confiança que outros países têm em nossos soldados."
Viegas está no Haiti desde anteontem com os ministros da Defesa Michelle Bachelet (Chile) e Yamandú Fau (Uruguai) para uma visita às tropas de seus países, que integram a força de paz da ONU montada para ajudar na estabilização haitiana.
A operação - que já conta com 2.200 integrantes - está desde junho sob o comando do general brasileiro Augusto Heleno Ribeiro Pereira.
Ontem, o general alertou os ministros sobre as dificuldades em desarmar grupos rebeldes.
"Desarmamento não é algo que se possa fazer em dois ou três meses", disse. "Isso levará muito mais tempo e ocorrerá ao lado de uma melhora na economia."
Cinco meses depois das rebeliões que levaram à renúncia do presidente Jean-Bertrand Aristide, rebeldes armados continuam a controlar grande parte do interior do país.
Muitos haitianos vêem Aristide como o líder legítimo do país e questionam a influência do primeiro-ministro do governo provisório, Gérard Latortue, sobre os grupos armados.


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