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No paquistão, radicais assumem ajuda
DO "NEW YORK TIMES"
Entidades radicais islâmicas do Paquistão vêm assumindo papel decisivo na ajuda às vítimas das piores
inundações no país nos últimos 80 anos, enquanto o governo vem sendo duramente
criticado por sua lenta e caótica resposta ao incidente.
Mais de 12 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes no país ao longo da
semana passada e pelo menos 1.600 já morreram, segundo dados oficiais.
Em dois distritos no noroeste do Paquistão, três entidades assistencialistas islâmicas forneceram abrigo a
milhares de pessoas, coletaram doações e serviram cerca
de 25 mil refeições por dia
desde o sábado passado, seis
dias antes que o governo passasse a distribuir comida.
"O Ocidente diz que somos
terroristas e intolerantes,
mas, em tempos de necessidade, somos nós que servimos o povo", disse Maulana
Yousaf Shah, líder do grupo
Jamiat-ulema-e-Islam.
Outro grupo, Falah-e-Insaniyat, distribuía ajuda com a
seguinte mensagem: "Não
confie no governo". Esse grupo é o braço assistencialista
da organização ligada aos
atentados terroristas de
Mumbai (Índia), em 2008.
A visível presença desses
grupos mostra que eles continuam operando abertamente. Para especialistas, o ressentimento público gerado
pela falta de uma resposta rápida do governo pode dar impulso aos partidos islâmicos
no país.
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