São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2010

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No paquistão, radicais assumem ajuda

DO "NEW YORK TIMES"

Entidades radicais islâmicas do Paquistão vêm assumindo papel decisivo na ajuda às vítimas das piores inundações no país nos últimos 80 anos, enquanto o governo vem sendo duramente criticado por sua lenta e caótica resposta ao incidente.
Mais de 12 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes no país ao longo da semana passada e pelo menos 1.600 já morreram, segundo dados oficiais.
Em dois distritos no noroeste do Paquistão, três entidades assistencialistas islâmicas forneceram abrigo a milhares de pessoas, coletaram doações e serviram cerca de 25 mil refeições por dia desde o sábado passado, seis dias antes que o governo passasse a distribuir comida.
"O Ocidente diz que somos terroristas e intolerantes, mas, em tempos de necessidade, somos nós que servimos o povo", disse Maulana Yousaf Shah, líder do grupo Jamiat-ulema-e-Islam.
Outro grupo, Falah-e-Insaniyat, distribuía ajuda com a seguinte mensagem: "Não confie no governo". Esse grupo é o braço assistencialista da organização ligada aos atentados terroristas de Mumbai (Índia), em 2008.
A visível presença desses grupos mostra que eles continuam operando abertamente. Para especialistas, o ressentimento público gerado pela falta de uma resposta rápida do governo pode dar impulso aos partidos islâmicos no país.



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