São Paulo, quinta, 9 de outubro de 1997.



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ORIENTE MÉDIO
Ataque do Hizbollah no Líbano mata dois israelenses
Encontro Arafat-Netanyahu foi "estimulante", afirma Clinton

das agências internacionais

O encontro na madrugada de ontem do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, foi classificado de "estimulante" pelo presidente americano, Bill Clinton.
Os EUA intermediaram o encontro, o primeiro em oito meses, numa tentativa de dar novo fôlego ao processo de paz.
"Pode ser que os acontecimentos recentes tenham sido tão difíceis que alertaram os dois lados para a necessidade do diálogo", disse Clinton. O enviado americano à região, Dennis Ross, que participou do encontro, reconheceu que ainda há "muitas diferenças (entre os dois líderes), mas se um contexto de diálogo é criado, ele facilita a resolução das crises".
As negociações entre Israel e palestinos, interrompidas em março, foram retomadas esta semana. Mas uma crise entre Israel e Jordânia, por causa de uma fracassada missão do serviço secreto israelense em Amã, voltou a ameaçar o processo de paz.
O rei Hussein da Jordânia disse ontem que a tentativa israelense de matar um líder palestino em seu país foi "um tapa no rosto" do processo de paz. Hussein afirmou que Netanyahu e dois ministros estiveram em Amã para se desculpar. O rei preferiu não encontrá-los e mandou seu irmão, o príncipe Hassan, em seu lugar.

Líbano
Pelo menos dois soldados israelenses morreram e seis ficaram feridos ontem na "zona de segurança" que Israel ocupa no sul do Líbano, em ataques desferidos pelo grupo extremista islâmico Hizbollah, afirmou um porta-voz israelense. Um soldado do Exército do Sul do Líbano (ESL), pró-Israel, também morreu nos ataques.
As mortes ocorreram numa emboscada a um comboio israelense. Em outro ataque, o Hizbollah atacou com foguetes um acampamento militar que abrigava soldados israelenses e do ESL. Um dos feridos israelenses está em estado grave.
Outros 16 soldados israelenses já tinham morrido em confrontos com o Hizbollah (financiado pelo Irã) desde setembro. O aumento das baixas levou ministros israelenses e setores civis a pedirem uma retirada imediata do sul do Líbano. Israel alega que ocupa a área, desde 1985, para impedir ataques contra a região norte do país, comuns antes da ocupação.



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