São Paulo, quinta, 9 de outubro de 1997.



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ESCÂNDALO
Paula Jones processa o presidente por assédio sexual
Advogado diz que Jones errou ao descrever anatomia de Clinton

de Washington

O advogado do presidente dos EUA disse que vai provar ser uma "impostura" a alegação de Paula Jones de que ela pode descrever características distintas da anatomia genital de Bill Clinton.
Jones está processando Clinton por assédio sexual. Segundo ela, em 1991, quando era funcionária pública estadual em Arkansas, sul do país, o então governador Clinton a chamou para um quarto de hotel e tentou fazer com que ela praticasse sexo oral com ele.
Clinton nega o incidente. Seu advogado, Robert Bennett, afirma que a alegação de Jones vai demonstrar que suas acusações são infundadas. Bennett havia tentado adiar o julgamento do processo até o fim do mandato de Clinton. Mas a Suprema Corte autorizou seu prosseguimento imediato.
Esta é a primeira vez que um presidente dos EUA é objeto de um processo civil durante o mandato.
Jones recusou há um mês oferta de acordo feita por Bennett, que incluía o pagamento de US$ 700 mil e uma declaração de Clinton dizendo nada saber que desabonasse o caráter dela. Jones afirma que só retirará o processo quando o presidente admitir que tentou fazer sexo com ela e se desculpe.
Os advogados de Jones que iniciaram o processo abandonaram o caso depois que ela recusou o acordo, recomendado por eles. Os novos advogados disseram ontem que a descrição física da área genital de Clinton não é fundamental para o caso.
Jones diz que não quer dinheiro e que qualquer indenização que venha a receber será doada para entidades de benemerência. Bennett a acusa de procurar celebridade às custas do presidente. (CELS)



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