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PAQUISTÃO
Musharraf testa mísseis a dois dias de eleição
DA REDAÇÃO
O Paquistão realizou testes com
mísseis de médio alcance ontem,
dois dias antes da realização de
eleições parlamentares no país,
previstas para amanhã. O teste foi
o segundo de uma série e visa, segundo analistas, reforçar a imagem dos militares perante a opinião pública. O país é governado
pelo general Pervez Musharraf.
Os testes também coincidem
com as eleições na região da Caxemira na Índia, onde a tensão
aumentou desde agosto. Cerca de
600 pessoas já morreram em choques entre separatistas islâmicos e
hindus. Os muçulmanos querem
a anexação da Caxemira, de
maioria islâmica, ao Paquistão,
também islâmico.
A Índia ironizou os testes. "É
um país soberano que testou seus
mísseis. Boa sorte para eles", disse
o ministro das Relações Exteriores, Yashwant Sinha.
Índia e Paquistão possuem armamentos nucleares e já se e envolveram em três guerras pela Caxemira desde 1947, quando ficaram independentes.
As eleições de amanhã no Paquistão servirão para definir um
novo Parlamento, três anos depois de Musharraf dar um golpe
militar para assumir o poder. O
presidente teve seu mandato prolongado por mais dois anos recentemente em referendo.
Seus opositores afirmam que
ele está fazendo o possível para
minar seus oponentes na disputa
por vagas no Parlamento. Além
disso, Musharraf é acusado de,
mesmo com as eleições, continuar concentrando nas suas
mãos o poder do país.
Musharraf respondeu às acusações afirmando que as "eleições
serão transparentes".
Porém o presidente paquistanês
ressaltou que o Conselho de Segurança Nacional, presidido por ele,
irá intervir na política do país caso
haja abuso de poder do Parlamento eleito.
Com agências internacionais
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