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EUA
Investigações sobre a série de assassinatos na região incluem até o serviço secreto; pais formam "guarda voluntária" perto de escolas
Atirador à solta apavora área de Washington
DA REDAÇÃO
A equipe da polícia responsável
pela busca do atirador que matou
seis pessoas e feriu duas na área
da capital dos EUA, Washington,
afirmou ontem que o criminoso,
que está causando pânico na região, ainda estava à solta.
"Se estamos chegando mais
perto [dele]? Certamente esperamos que sim", disse Charles Moose, chefe da polícia do Condado
de Montgomery (Maryland), onde cinco incidentes ocorreram.
"Estamos falando de uma pessoa que é basicamente um covarde", disse o governador de Maryland, Parris Glendening. "Esse indivíduo está atirando em idosos,
mulheres e crianças. É hora de essa pessoa se entregar e parar com
essa matança insana."
Escolas da área abriram sob forte proteção policial ontem, um dia
depois de um menino de 13 anos
ter sido gravemente ferido por
um tiro logo após chegar à sua escola em Bowie (Maryland).
Autoridades encorajaram os
pais a levar seus filhos à escola ontem porque eles estariam mais seguros lá do que em qualquer outro lugar. Os estudantes foram
mantidos o tempo todo dentro
dos prédios escolares e todas as
atividades após o horário das aulas e excursões foram canceladas.
Alguns pais formaram grupos
de "guardas voluntários", vigiando cruzamentos perto de escolas.
Mas muitos decidiram manter
seus filhos em casa.
Jessica McFadden, 13, aluna da
escola Benjamin Tasker, onde o
menino foi ferido anteontem, disse que pelo menos três de suas
amigas não foram à escola porque
seus pais não deixaram. Sua mãe,
Diane McFadden, disse que decidiu deixar Jessica ir porque "eles
não podem viver com medo".
"É por isso que estamos de volta", disse Diane. "Você não pode
parar de fazer o que está fazendo
por causa de uma pessoa doente."
Uma colega de Jessica, Amanda
Wiedmaier, 13, afirmou: "Geralmente, tenho vergonha de chegar
de mãos dadas com a minha mãe,
mas hoje não me importo".
"Eu gostaria de pensar que tenho palavras para manter as pessoas calmas, mas não tenho certeza de que as tenho", disse Moose.
"A questão de como evitar se tornar um alvo é muito complexa.
Não temos essa resposta. Estamos
pedindo para as pessoas procurarem coisas fora de lugar".
Desde o dia 2, um atirador matou seis pessoas e feriu outras
duas na área de Washington, todas as vezes dando apenas um tiro. Não há nenhum sinal de que as
vítimas, de idades variando de 13
a 72 anos, conhecessem umas às
outras, mas análises forenses indicam que a mesma arma foi usada em ao menos cinco casos.
Autoridades estão oferecendo
uma recompensa de US$ 237 mil
por informações que levem à prisão do atirador. Doações individuais e do Estado de Maryland
mais do que quadruplicaram a
quantia inicial de US$ 50 mil oferecida pela polícia do Condado de
Montgomery na semana passada.
Glendening classificou os ataques como "horríveis" e "quase
sem precedentes", mas afirmou:
"Não vamos deixar que um indivíduo prejudique nossa educação,
nossas vidas ou nossa economia".
O menino de Bowie, que faz
parte do vizinho Condado de
Prince George, permanecia em
estado grave ontem após passar
por uma cirurgia anteontem no
Centro Médico Nacional Infantil.
Médicos disseram que a bala se
fragmentou em seu tórax, ferindo
vesícula, estômago, pâncreas, pulmão e diafragma.
Ninguém se apresentou como
testemunha de nenhum dos incidentes. Segundo a polícia, a arma
do crime é provavelmente um fuzil de precisão de cerca de 600 m.
Uma mulher disse ter visto uma
caminhonete branca deixar a cena de um dos crimes na quinta-feira em alta velocidade. A polícia
ainda procurava o veículo ontem.
O serviço secreto e o FBI estão
ajudando as polícias local e estadual nas investigações.
Com agências internacionais
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