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Comerciantes boicotam tomate na Argentina
DE BUENOS AIRES
Associações de consumidores e comerciantes argentinos
iniciaram ontem um boicote de
uma semana contra o tomate,
símbolo da subida de preço dos
alimentos no país. O objetivo é
conseguir que o produto passe
a ser vendido pelo valor oficial
apontado na última medição do
Indec (instituto de estatísticas
oficial), organismo cujos dados
sobre a inflação enfrentam duro questionamento.
A intensa geada que caiu no
último mês no norte argentino,
região produtora de tomate,
afetou a safra do produto e fez
com que ele chegasse a 18 pesos
(cerca de R$ 10,30) por quilo
nos supermercados de Buenos
Aires. O Indec, porém, na sua
medição da inflação de setembro, apontou que o produto está custando em média 3,99 pesos (R$ 2,30) por quilo.
"O Estado tem que elucidar
que setor está ficando com a diferença [entre o preço do Indec
e o cobrado nos mercados] e intervir para que não haja distorção", cobrou Pedro Buzzeti, da
Deuco (Defesa do Usuário e
Consumidor), uma das entidades por trás do boicote.
Além dos consumidores, a
Câmara dos Supermercados
Chineses, que representa 570
lojas em Buenos Aires, anunciou que não venderá tomates
até que caiam os preços. A mesma medida havia sido anunciada na semana passada por alguns restaurantes da capital.
O tomate não é o único vegetal que teve um forte aumento
de preços. Um levantamento
do jornal "Perfil" mostrou que,
hoje, uma dieta com vegetais
pode ser até 300% mais cara do
que uma à base de carne.
(RR)
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