São Paulo, terça-feira, 09 de outubro de 2007

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Comerciantes boicotam tomate na Argentina

DE BUENOS AIRES

Associações de consumidores e comerciantes argentinos iniciaram ontem um boicote de uma semana contra o tomate, símbolo da subida de preço dos alimentos no país. O objetivo é conseguir que o produto passe a ser vendido pelo valor oficial apontado na última medição do Indec (instituto de estatísticas oficial), organismo cujos dados sobre a inflação enfrentam duro questionamento.
A intensa geada que caiu no último mês no norte argentino, região produtora de tomate, afetou a safra do produto e fez com que ele chegasse a 18 pesos (cerca de R$ 10,30) por quilo nos supermercados de Buenos Aires. O Indec, porém, na sua medição da inflação de setembro, apontou que o produto está custando em média 3,99 pesos (R$ 2,30) por quilo.
"O Estado tem que elucidar que setor está ficando com a diferença [entre o preço do Indec e o cobrado nos mercados] e intervir para que não haja distorção", cobrou Pedro Buzzeti, da Deuco (Defesa do Usuário e Consumidor), uma das entidades por trás do boicote.
Além dos consumidores, a Câmara dos Supermercados Chineses, que representa 570 lojas em Buenos Aires, anunciou que não venderá tomates até que caiam os preços. A mesma medida havia sido anunciada na semana passada por alguns restaurantes da capital.
O tomate não é o único vegetal que teve um forte aumento de preços. Um levantamento do jornal "Perfil" mostrou que, hoje, uma dieta com vegetais pode ser até 300% mais cara do que uma à base de carne. (RR)


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