São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997.




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Marrocos não recebe libertado

do enviado especial

A determinação do Marrocos em não admitir que há prisioneiros de guerra nas mãos da Polisario criou uma situação insólita no deserto do Saara: um campo de ex-detentos libertados que não conseguem voltar para seu país.
São 85 pessoas, todas libertadas depois de uma visita do ex-secretário de Estado dos EUA, James Baker, à região em 1995. "Eu só queria ver minha mãe", afirmou Hassani Amaouri, 38 anos, que se ejetou de seu Mirage atingido por artilharia saaraoui em 1988.
A Folha visitou um campo com 480 prisioneiros no entardecer da última terça-feira, o Centro Mártir Mohammed Lasiad.
Boa parte dos detentos estava em cadeiras no pátio, de areia, que fica no centro de um campo de futebol, assistindo a uma partida entre Marrocos e Angola numa TV.
Eles dormem, em grupos de cinco a sete, em pequenos iglus.
Os guardas no local não usam armas e os presos circulam livremente durante o dia. "Para onde eles vão?", resume o comandante do campo, Embarak, 65. Ao todo, há 2.000 detentos marroquinos com a Polisario. (IG)



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