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Bloqueio a dois jornais
é suspenso
DE BUENOS AIRES
A Casa Rosada interveio, no sábado, para suspender o conflito sindical
que bloqueou parcialmente, desde o último dia 4, a
distribuição dos jornais
"Clarín" e "La Nación" e
da revista "Noticias", críticos ao governo.
O bloqueio à saída de caminhões das gráficas foi
organizado pelo sindicato
dos caminhoneiros, filiado
à CGT (Confederação Geral do Trabalho), principal
central sindical do país,
alinhada ao governo. A
passagem só era liberada
após horas de cerco, causando atraso na entrega
das publicações.
O sindicato exige a afiliação dos motoristas empregados pelas distribuidoras de jornais e revistas.
O "Clarín" classificou a
atitude como censura.
O presidente da SIP (Sociedade Interamericana
de Imprensa), Enrique
Calderón, disse ao site do
"Clarín" que "é uma pena
que a presidente Cristina
Kirchner não queira debater cara a cara esses problemas".
No sábado, o Ministério
do Trabalho agiu para obter conciliação entre o sindicato dos caminhoneiros
e as empresas a quem reivindica a filiação de seus
empregados.
O termo assinado proíbe
o sindicato de adotar "medidas de força", como bloqueio de caminhões, por
dez dias, até o fim das negociações. O diretor do
sindicato, Pablo Moyano,
filho do líder da CGT, Hugo Moyano, afirmou que,
não havendo acordo, o bloqueio à distribuição dos
jornais será retomado.
Segundo o "Clarín", a
atitude da CGT de lesar a
distribuição de jornais,
que eleva suspeitas de cerceamento oficial à mídia
no país, teria desagradado
o casal Kirchner -Cristina e o ex-presidente Néstor Kirchner.
A agência de notícias do
governo divulgou sábado
um comunicado do sindicalista kirchnerista Hugo
Moyano sobre a luta sindical no país.
"Fortalecer a unidade
do movimento operário é
fortalecer a unidade dos
trabalhadores e potencializar a força social organizada, que respalde o governo da companheira Cristina Kirchner", diz Moyano.
(SA)
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