|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em expurgo, Venezuela prende mais banqueiros
Trinta pessoas são acusadas de fraudes no setor bancário
DA REDAÇÃO
O Ministério Público da Venezuela pediu na noite de anteontem a prisão de três banqueiros do país, além de oito
que haviam sido detidos anteriormente, num expurgo bancário que visa combater a corrupção e que tem sido usado
pelo presidente Hugo Chávez
para ganhar força política.
No total, a Justiça ordenara,
até ontem, a prisão de até 30
pessoas, acusadas de apropriação indevida de fundos de poupadores, fraude e formação de
quadrilha, em sete bancos privados de pequeno porte. Os
bancos estão sob intervenção
do governo, e quatro serão
aglutinados em um novo banco
público. Dois foram liquidados.
Um dos banqueiros presos é
Arné Chacón, presidente do
Banco Real e irmão de um aliado próximo a Chávez, Jesse
Chacón, que nesta semana renunciou ao cargo de ministro
de Ciência e Tecnologia em decorrência do escândalo.
Chávez usou a renúncia como exemplo de luta anticorrupção e para mostrar que "não
há intocáveis" ou "vacas sagradas" em seu gabinete. A oposição, no entanto, diz que o mandatário era conivente com as
fraudes bancárias e que o expurgo toca apenas a superfície
da promiscuidade entre os setores público e privado no país.
O fechamento dos bancos gerou protestos e temores por
parte de cerca de 1 milhão de
correntistas afetados, e o governo prometeu lhes devolver
seu dinheiro até o Natal.
Enquanto isso, a Procuradoria-Geral do país prometeu
mais investigações e prisões no
setor bancário.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Conflito indígena agita campanha chilena Próximo Texto: Evo afirma haver "liberdade de expressão exagerada" na Bolívia Índice
|