São Paulo, quarta-feira, 09 de dezembro de 2009

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Em expurgo, Venezuela prende mais banqueiros

Trinta pessoas são acusadas de fraudes no setor bancário

DA REDAÇÃO

O Ministério Público da Venezuela pediu na noite de anteontem a prisão de três banqueiros do país, além de oito que haviam sido detidos anteriormente, num expurgo bancário que visa combater a corrupção e que tem sido usado pelo presidente Hugo Chávez para ganhar força política.
No total, a Justiça ordenara, até ontem, a prisão de até 30 pessoas, acusadas de apropriação indevida de fundos de poupadores, fraude e formação de quadrilha, em sete bancos privados de pequeno porte. Os bancos estão sob intervenção do governo, e quatro serão aglutinados em um novo banco público. Dois foram liquidados.
Um dos banqueiros presos é Arné Chacón, presidente do Banco Real e irmão de um aliado próximo a Chávez, Jesse Chacón, que nesta semana renunciou ao cargo de ministro de Ciência e Tecnologia em decorrência do escândalo.
Chávez usou a renúncia como exemplo de luta anticorrupção e para mostrar que "não há intocáveis" ou "vacas sagradas" em seu gabinete. A oposição, no entanto, diz que o mandatário era conivente com as fraudes bancárias e que o expurgo toca apenas a superfície da promiscuidade entre os setores público e privado no país.
O fechamento dos bancos gerou protestos e temores por parte de cerca de 1 milhão de correntistas afetados, e o governo prometeu lhes devolver seu dinheiro até o Natal.
Enquanto isso, a Procuradoria-Geral do país prometeu mais investigações e prisões no setor bancário.


Com agências internacionais



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