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PROCESSO A CLINTON
Deliberações finais do julgamento do presidente serão em sessão fechada; votação acontece amanhã ou sexta
Senado debate impeachment em sigilo
MARCELO DIEGO
de Nova York
A posição dos senadores norte-americanos sobre o destino do
presidente Bill Clinton só será conhecida no momento da votação
do impeachment, que deve ocorrer
entre amanhã e sexta-feira.
Ontem, o Senado decidiu manter
em segredo as deliberações finais
dos senadores. A Casa tem 55 republicanos (oposicionistas) e 45
democratas.
Cada senador tem direito a 15
minutos para apresentar sua posição final. O pedido de abrir a palavra dos parlamentares recebeu 59
votos a favor e 41 contra, mas necessitava de dois terços dos votos
dos presentes para ser aprovado.
Pelas leis do Senado, os membros
não podem divulgar o que acontece numa sessão fechada, sob pena
de perder o mandato.
Mas não deve haver surpresa no
julgamento. Os próprios senadores republicanos admitem que não
haverá votos suficientes para afastar Clinton (também são necessários dois terços entre os presentes).
O líder republicano no Senado,
Trent Lott, pediu ontem a seus colegas que usem com parcimônia o
direito à palavra. "Não queremos
discursos, mas deliberações."
Ao final das 25 horas de apresentações finais, os senadores irão votar os artigos do impeachment.
Clinton é acusado de obstrução
da Justiça e de falso testemunho
frente a um júri de inquérito.
Alguns senadores democratas
disseram ontem que vão se opor a
uma moção de censura, se ela for
discutida depois da votação do
processo de impeachment.
Os aliados do presidente pleiteavam a censura como opção à remoção de Clinton do cargo, hipótese rejeitada pelos republicanos.
Agora, que parece certo que o impeachment não será aprovado, o
partido deve retirar seu apoio.
Os senadores decidiram também
que não há base legal para investigar se o conselheiro da Casa Branca Sidney Blumenthal mentiu em
depoimento.
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