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GUERRA SEM LIMITES
Abu Abbas estaria mal de saúde; ele planejou seqüestro do navio Aquille Lauro em 85 e foi detido no Iraque
Terrorista palestino morre na mão dos EUA
DA REDAÇÃO
Abu Abbas, o palestino que foi
o mentor do seqüestro do navio
italiano Aquille Lauro em 1985,
morreu ontem sob a custódia
americana no Iraque, disseram
autoridades palestinas. A causa de
sua morte teria sido um ataque
cardíaco ou um derrame cerebral.
O governo americano não se manifestou sobre a morte.
Em abril do ano passado, Abbas, 55 (há divergências sobre a
real idade dele), foi capturado pelas forças dos EUA no Iraque
quando tentava fugir para a Síria.
Nos últimos tempos, segundo autoridades americanas que não se
identificaram, a saúde do palestino havia se deteriorado.
Quando Abbas foi capturado, a
ANP (Autoridade Nacional Palestina) pediu a sua libertação, dizendo que os EUA tinham se
comprometido em não persegui-lo, conforme previam os Acordos
de Oslo, segundo os quais nenhum palestino que tivesse agido
contra Israel antes de 1993 poderia ser preso. Os EUA dizem que a
anistia não se aplica a pessoas detidas em outros países.
Abbas era líder da Frente pela
Libertação da Palestina (FLP),
uma facção com poucos seguidores na Cisjordânia e na faixa de
Gaza atualmente.
A ação contra o Aquille Lauro,
com 400 passageiros a bordo, ficou marcada pelo cruel assassinato do turista judeu americano
Leon Klinghoffer, que era deficiente físico. Ele foi lançado ao
mar pelos terroristas palestinos.
Abbas não estava no navio, mas
participou das negociações e juntou-se aos seqüestradores.
A FLP, que na época atuava na
Tunísia, mudou-se para o Iraque.
Abbas era uma figura marginal na
OLP (Organização pela Libertação da Palestina) e se afastou da
entidade em 1991.
Em 1996, Abbas visitou Gaza
pela primeira vez como parte de
uma anistia oferecida por Israel.
Na época, ele pediu desculpas pela morte de Klinghoffer. Israel ignorou, na época, sua presença
após concluir que ele teria renunciado ao uso da violência.
Morte
Um soldado americano morreu
em explosão de uma bomba colocada na estrada em Baquba, a 65
km de Bagdá.
Uma autoridade da coalizão
que não se identificou afirmou
que 24 suspeitos de envolvimentos nos atentados do dia 2 de março que mataram mais de 180, durante a Ashura -festividade xiita-, foram libertados ontem.
Com agências internacionais
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