São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2004

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GUERRA SEM LIMITES

Abu Abbas estaria mal de saúde; ele planejou seqüestro do navio Aquille Lauro em 85 e foi detido no Iraque

Terrorista palestino morre na mão dos EUA

DA REDAÇÃO

Abu Abbas, o palestino que foi o mentor do seqüestro do navio italiano Aquille Lauro em 1985, morreu ontem sob a custódia americana no Iraque, disseram autoridades palestinas. A causa de sua morte teria sido um ataque cardíaco ou um derrame cerebral. O governo americano não se manifestou sobre a morte.
Em abril do ano passado, Abbas, 55 (há divergências sobre a real idade dele), foi capturado pelas forças dos EUA no Iraque quando tentava fugir para a Síria. Nos últimos tempos, segundo autoridades americanas que não se identificaram, a saúde do palestino havia se deteriorado.
Quando Abbas foi capturado, a ANP (Autoridade Nacional Palestina) pediu a sua libertação, dizendo que os EUA tinham se comprometido em não persegui-lo, conforme previam os Acordos de Oslo, segundo os quais nenhum palestino que tivesse agido contra Israel antes de 1993 poderia ser preso. Os EUA dizem que a anistia não se aplica a pessoas detidas em outros países.
Abbas era líder da Frente pela Libertação da Palestina (FLP), uma facção com poucos seguidores na Cisjordânia e na faixa de Gaza atualmente.
A ação contra o Aquille Lauro, com 400 passageiros a bordo, ficou marcada pelo cruel assassinato do turista judeu americano Leon Klinghoffer, que era deficiente físico. Ele foi lançado ao mar pelos terroristas palestinos.
Abbas não estava no navio, mas participou das negociações e juntou-se aos seqüestradores.
A FLP, que na época atuava na Tunísia, mudou-se para o Iraque. Abbas era uma figura marginal na OLP (Organização pela Libertação da Palestina) e se afastou da entidade em 1991.
Em 1996, Abbas visitou Gaza pela primeira vez como parte de uma anistia oferecida por Israel. Na época, ele pediu desculpas pela morte de Klinghoffer. Israel ignorou, na época, sua presença após concluir que ele teria renunciado ao uso da violência.

Morte
Um soldado americano morreu em explosão de uma bomba colocada na estrada em Baquba, a 65 km de Bagdá.
Uma autoridade da coalizão que não se identificou afirmou que 24 suspeitos de envolvimentos nos atentados do dia 2 de março que mataram mais de 180, durante a Ashura -festividade xiita-, foram libertados ontem.


Com agências internacionais


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