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"EIXO DO MAL"
Teerã promete resistir
Irã é o maior desafio dos EUA hoje, diz Rice
DA REDAÇÃO
O Irã é provavelmente o principal desafio dos EUA no Oriente
Médio, e um desafio que pode
crescer exponencialmente caso
insista em desenvolver um programa nuclear, afirmou ontem a
secretária de Estado americana,
Condoleezza Rice.
"Não enfrentamos nenhum desafio maior de um único país do
que do Irã, cujas políticas estão
direcionadas a desenvolver um
Oriente Médio que seria 180º diferente do Oriente Médio que gostaríamos de ver desenvolvido",
disse Rice durante uma audiência
no Congresso americano.
"Se você pega isso e multiplica
por várias centenas, você pode
imaginar o Irã com uma arma nuclear e a ameaça que representariam então para a região", acrescentou. As afirmações da secretária ocorrem um dia depois de o
Irã ter advertido que imporá
"prejuízo e dor" aos EUA caso o
Conselho de Segurança da ONU
decida aplicar medidas contra seu
programa nuclear.
A declaração foi em reação a
ameaças feitas pelo vice-presidente americano, Dick Cheney, e
ao fato de o Conselho de Governadores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ter
encaminhado o Irã ao CS, por
desconfiança de que possa estar
empenhado na produção da
bomba atômica.
Ontem, o líder supremo do Irã,
aiatolá Ali Khamenei, voltou a falar que seu país "resistirá a qualquer pressão ou conspiração" estrangeira. "O Irã continuará seu
caminho em direção às tecnologias avançadas, incluindo a tecnologia nuclear. Se o governo iraniano recuar na energia nuclear hoje,
a história não terminará aqui, e os
americanos irão inventar outro
pretexto", acrescentou.
Ameaças
Para autoridades britânicas, as
ameaças feitas pelo Irã de impor
"prejuízo e dor" devem ser levadas a sério.
"Não há nada explícito, mas é
uma ameaça velada de uso da violência", disse um diplomata britânico envolvido nas discussões sobre o caso iraniano. "É uma
ameaça retórica neste momento,
mas, porque o Irã tem um histórico de uso da violência em apoio a
seus objetivos de política externa,
devemos tomá-la a sério."
Mas a Rússia lembrou o caso
iraquiano para alertar sobre a falência da diplomacia nas discussões sobre o programa nuclear
iraniano, defendendo que a AIEA
deveria ter se empenhado em negociações por mais tempo.
"Não queremos ser nós a ter de
lembrar quem estava certo e
quem não estava no Iraque, apesar de a resposta ser óbvia", disse
o chanceler russo, Serguei Lavrov.
Em nota, a Chancelaria russa
instou o Irã, porém, a cooperar
com a AIEA, no sentido de "encontrar uma solução que garantiria a implementação do direito legítimo do Irã ao uso pacífico de
energia nuclear".
Com agências internacionais
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