São Paulo, sábado, 10 de março de 2007

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Inquisidor de Clinton no caso da estagiária admite que tinha amante na época

DO "INDEPENDENT"

Newt Gingrich, o deputado conservador que liderou a "revolução republicana" do começo dos anos 90, admitiu que estava envolvido em um caso extraconjugal no momento em que pediu o impeachment do presidente Bill Clinton, nove anos atrás, devido ao envolvimento deste com a estagiária Monica Lewinsky.
Gingrich abriu o jogo em uma entrevista com James Dobson, o líder do poderoso lobby cristão Foco na Família, confirmando os boatos persistentes que circulavam na época a esse respeito. "A resposta honesta é sim", disse Gingrich. "Houve momentos em que fiquei abaixo dos meus padrões. E com certeza houve momentos em que fiquei abaixo dos padrões de Deus."
Gingrich deixou sua primeira mulher quando ela estava se recuperando de uma cirurgia de câncer, e traiu a segunda com uma assessora legislativa que agora se tornou a terceira sra. Gingrich. Ele insistiu, porém, em que não era hipócrita por ter tentado derrubar o presidente Clinton em função de seus pecadilhos.
"O presidente dos Estados Unidos enfrentou problemas porque cometeu um crime [de perjúrio] diante de um juiz federal no exercício de suas funções", afirmou Gingrich. A admissão pode ter sido uma tentativa de testar a reação das bases republicanas conservadoras antes que Gingrich decida se tenta ou não entrar na disputa pela Casa Branca, em 2008.


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