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REINO UNIDO
Chefe de contraterrorismo cai após expor documento secreto
DO "NEW YORK TIMES", EM LONDRES
O chefe de contraterrorismo do Reino Unido renunciou ontem, um dia após ser
fotografado levando um documento com a marca de "sigiloso" que revelava detalhes
sobre uma importante operação de contraterrorismo
no noroeste da Inglaterra.
"Lamento profundamente
o transtorno causado aos colegas que empreendem a
operação", disse Bob Quick,
comissário-assistente do Departamento de Polícia Metropolitana, após a gafe.
A exposição do documento
-visível para repórteres e fotógrafos quando Quick chegou para um briefing em
Londres- desencadeou uma
onda apressada de prisões e
buscas na tarde de quarta-feira na região de Manchester, Liverpool e Lancashire.
Doze pessoas estão sendo
interrogadas por suspeita de
atividades ligadas ao terrorismo, informou a polícia.
Segundo a BBC, 10 são paquistaneses que estão no
país com vistos de estudante
e 1 é cidadão britânico.
A operação estava planejada para o meio da noite, mas
teve que ser antecipada com
a revelação do documento.
Prisões foram feitas em uma
universidade em Liverpool
às vistas dos estudantes.
O documento, que continha nomes de funcionários
do departamento de contraterrorismo e informações
detalhadas sobre ameaças no
exterior, ficou totalmente visível para fotógrafos. Um juiz
proibiu a mídia de revelar o
teor do documento.
Boris Johnson, prefeito de
Londres, aceitou a renúncia
e disse que a revelação do
memorando foi "um grande
infortúnio". "Uma operação
extremamente delicada e
importante foi potencialmente comprometida. Isso
criou uma dificuldade real."
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