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ORIENTE MÉDIO
Israel ameaça ficar em Gaza se Hamas vencer eleições
DA REDAÇÃO
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom,
disse ontem que o plano de retirada dos assentamentos judaicos da
faixa de Gaza poderá ser cancelado caso o grupo terrorista Hamas
vença as próximas eleições legislativas palestinas. Também ontem, o gabinete do premiê Ariel
Sharon anunciou que o início da
retirada de Gaza será adiado por
três semanas.
Sharon disse que sua decisão de
postergar o plano, que começaria
em 25 de julho, ocorreu para evitar coincidências com o período
de luto religioso pela destruição
dos dois templos de Jerusalém,
que vai até 14 de agosto. O premiê
afirmou que a retirada começará
entre os dias 15 e 17 de agosto.
Para o Partido Trabalhista (aliado de Sharon), o adiamento será
visto pelos adversários da retirada
como um sinal de fraqueza e poderá fazer o plano fracassar.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Silvan Shalom
-contrário à retirada-, disse
que a saída de Gaza poderá ser
cancelada caso o grupo terrorista
Hamas vença as eleições legislativas palestinas, em 17 de julho.
"Como negociar a paz [com um
grupo] cujo objetivo principal é a
destruição de Israel?", perguntou
a repórteres. "[Caso o Hamas
vença], não me parece lógico
prosseguir com a retirada como
se nada houvesse acontecido."
O Hamas saiu politicamente
fortalecido das eleições municipais da última quinta, conquistando 30 dos 84 conselhos municipais. Mas o Fatah, partido do
presidente Mahmoud Abbas, ganhou 50 conselhos e é o favorito
na disputa pelo Parlamento.
Em Jerusalém, a polícia israelense entrou ontem em confronto
com manifestantes palestinos que
se reuniram para impedir que um
grupo de judeus ortodoxos orasse
na Esplanada das Mesquitas. Dezoito pessoas ficaram feridas.
Com agências internacionais
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