São Paulo, domingo, 10 de maio de 2009 |
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Brasil tem que ser "nação rebelde", diz Mangabeira Unger
Escanteado nos pactos após a 2ª Guerra, país precisa assumir protagonismo, afirma ministro de Assuntos Estratégicos POTÊNCIA ÓRFÃ A China e, principalmente, a Rússia saíram como vitoriosas da Segunda Guerra Mundial. Nós, apesar da participação no conflito, não fomos classificados como tal. O Brasil é obrigado a ser uma nação rebelde, pois somos órfãos dos acordos acertados [entre as potências] após as duas guerras mundiais. DIPLOMACIA EM ALTA Está surgindo no Brasil algo típico das grandes democracias, que é o desmoronamento das barreiras entre política externa e interna. A diplomacia virou um debate nacional. Nas grandes nações, projetos estratégicos de desenvolvimento importam mais do que temas de política interna. Países poderosos sempre ponderam se a ordem mundial facilita ou inibe suas metas estratégicas e não veem a política externa como um ramo do comércio. As potências seguem agenda geopolítica que transcende objetivos puramente econômicos. Aliás, o comércio segue o poder, e não o contrário. SIMPATIA UNIVERSAL Somos uma democracia -apesar de falhas- vibrante e fomentada na unidade nacional. Além disso, não temos adversários. De todos os grandes países da história moderna, somos o menos beligerante e o que teve menos contato com guerras. Assim, desfrutamos de uma simpatia quase universal. Mas isso não nos exime de nos defender. Há uma relação íntima entre defesa e diplomacia. Não vejo risco de nos envolvermos numa guerra. Mas é melhor para o mundo que os fatores da paz possam se defender. Texto Anterior: África do Sul: Durante posse, Zuma destaca crise econômica Próximo Texto: Frase Índice |
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